Petrobras pede ao Ibama liberação para levar sonda à Foz do Amazonas e avançar em licença

A Petrobras solicitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorização para deslocar o navio-sonda ODN II até a Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

A embarcação é necessária para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), uma simulação de vazamento de óleo obrigatória para a obtenção da licença ambiental de perfuração.

Segundo carta enviada pela estatal nesta quarta-feira (30), a companhia pede que o Ibama se manifeste até 15 de maio.

Petrobras aguarda liberação

A sonda chegou à Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em 19 de abril, onde passa por um processo de limpeza para remoção do coral-sol, espécie marinha invasora encontrada no casco do navio.

Margem Equatorial onde fica a Foz do rio Amazonas, desejada pela Petrobras. – Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

A APO é a última etapa do processo de licenciamento e serve para testar a capacidade de resposta da Petrobras em caso de acidentes ambientais. Embora o bloco FZA-M-059 esteja na chamada Bacia da Foz do Amazonas, a perfuração ocorrerá a cerca de 500 km da costa, em alto-mar.

No mesmo documento, a Petrobras reiterou o pedido para que o Ibama realize vistoria na unidade de proteção à fauna construída em Oiapoque (AP).

A instalação foi uma das exigências feitas pelo órgão ambiental. Já que havia considerado inadequada uma estrutura similar em Belém (PA), por estar distante da área de operação.

Entenda a perfuração na Foz do Amazonas

A exploração de petróleo na Margem Equatorial, na Bacia da Foz do Amazonas, continua gerando impasse entre a Petrobras e o Ibama.

Exploração na Foz do Amazonas. – Foto: Reprodução/ Lalo de Almeida.

Desde 2023, a petroleira tenta obter a licença ambiental para perfurar a região, mas o pedido foi negado pelo órgão ambiental, que exige mais estudos sobre os possíveis impactos em comunidades indígenas e no meio ambiente.

A Petrobras argumenta que a Foz do Amazonas tem alto potencial econômico e prevê investir US$ 3 bilhões até 2029 para perfurar 15 poços.

Por fim, a companhia também afirma que pretende usar tecnologias avançadas para garantir segurança e minimizar riscos ambientais, reforçando o interesse global na Margem Equatorial.

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