Servidores da Saúde protestam por reajuste salarial em Rio Branco e anunciam paralisação

Na manhã desta terça-feira (6), servidores das Secretarias Municipais de Educação (Seme) e Saúde (Semsa) realizaram uma manifestação em frente à sede da Prefeitura de Rio Branco. O ato público reivindicou o pagamento do reajuste salarial e a valorização dos profissionais da rede pública.

A mobilização ganhou força após a assembleia geral extraordinária organizada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) na noite de segunda-feira (5).

Durante o encontro, os servidores aprovaram a paralisação parcial dos serviços não urgentes como consultas ambulatoriais e cirurgias eletivas, que poderão ser remarcadas.

Os atendimentos de urgência e emergência, especialmente os voltados para o público infantil — que neste período do ano sofre com o aumento de doenças respiratórias — serão mantidos.

Cuidados com a saúde. – Foto: Freepik

O posicionamento do Sindicato dos Servidores Municipais

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, José Augusto, afirmou que o protesto busca garantir o cumprimento dos pisos salariais nacionais para professores e agentes de saúde, além da concessão de reajustes para outras categorias que não recebem o valor base.

Ele ressaltou que a prefeitura justificou a negativa ao reajuste com base em limites de gastos acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que exigiria uma reavaliação das finanças e cortes orçamentários.

Segundo José Augusto, a conversa com o Executivo municipal nesta terça-feira (6) não apresentou avanços. Ele reforçou que a categoria continuará pressionando pela valorização profissional.

Entre os principais pontos da pauta estão:

  • Reposição inflacionária e do índice de reajuste do piso nacional do magistério para professores e demais servidores;
  • Auxílio-alimentação e auxílio-saúde;
  • Garantia da hora-atividade dos professores;
  • Reajuste nas gratificações destinadas às equipes gestoras das unidades escolares.

Em nota oficial, a Prefeitura de Rio Branco declarou que respeita o direito à manifestação e reconhece a legitimidade do movimento das categorias. A gestão informou que valorizar os servidores públicos é uma diretriz permanente e que continuará empenhada na busca de soluções para melhorar as condições de trabalho.

O que diz a Sesacre

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (6) em resposta à greve anunciada pelos médicos da rede pública estadual.

O secretário Pedro Pascoal reconheceu o direito constitucional à paralisação, mas expressou preocupação com os impactos no atual cenário epidemiológico, marcado pelo aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O governo reafirmou seu compromisso com o diálogo e a transparência nas negociações salariais, destacando a contratação da Fundação Dom Cabral para revisar o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).

A Sesacre também informou que os serviços de urgência e emergência, incluindo UPAs e Pronto-Socorro, continuarão funcionando normalmente para garantir o atendimento à população.

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