
A assinatura na última quarta-feira (21) pelo presidente Lula (PT) da Medida Provisória que reestrutura o setor elétrico brasileiro e isenta 60 milhões de pessoas do pagamento da conta de luz gera desconforto em especialistas.
O economista e assessor de investimentos Alex Barros avalia que o Brasil pode sofrer economicamente, pois a conta não vai fechar. Ele classifica a ação como “controvérsia” e “populista”.
Barros analisou um advento da contabilidade chamado de “princípio de partida dobrada”. Significa dizer que para um débito tem que haver um crédito.
“Temos um Orçamento engessado e a medida visa um populismo. O grande problema é que o subsídio será cobrado de empresas que fornecem energia eólica e solar”, destacou.
Apesar disso, o economista analisa pontos positivos. Barros fala sobre a livre concorrência, que é quando a indústria e o comércio poderão, a partir do ano que vem, comprar de quem eles quiserem. No ano seguinte, em 2027, o consumidor também poderá escolher de quem comprar.
“Temos que torcer para o fortalecimento da economia, com incentivo aos empreendedores, porque é trabalho que gera riqueza”, afirmou.

Caminhada legislativa
Colocando na balança, o especialista acredita que a proposta não terá bons frutos no Congresso Nacional. “São 120 dias para colocarem em votação e se não colocarem, a Medida perde os efeitos. No fim, não tem quem pague a conta”, garante.
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