Covarde: lutador de boxe agride companheira e chora ao ser preso

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) em Marabá prendeu em flagrante, na sexta-feira, Adilson Santos Nascimento, conhecido como “Pelencado”. Lutador de boxe, personal trainer e figura ativa no Instagram, onde ostenta o título autoproclamado de “O Rei da 33” e mais de 12 mil seguidores, Adilson foi acusado de cometer violência doméstica contra sua companheira.

O caso chocou a comunidade ao expor a utilização de habilidades de luta, que deveriam simbolizar disciplina e autocontrole, como ferramenta de agressão. O incidente ocorreu na residência do casal, localizada na Folha 28, em Nova Marabá. A vítima, que procurou a DEAM por volta das 21 horas, relatou um histórico de agressões físicas e psicológicas ao longo do relacionamento, culminando na última e mais grave ocorrência.

Segundo o depoimento, a mulher foi alvo de socos que resultaram em lesões evidentes no nariz, nos seios e no maxilar. Imediatamente após registrar a denúncia, as autoridades agiram e localizaram Adilson, que foi preso e, segundo testemunhas, chorou ao perceber as consequências de seus atos.

Este caso é um alerta para a gravidade da violência doméstica, especialmente quando o agressor é alguém treinado em esportes de combate. Lutadores de boxe, como Adilson, possuem um preparo físico que os torna capazes de causar danos muito maiores que uma pessoa comum, agravando ainda mais a responsabilidade de seus atos.

O treinamento para competições não é apenas físico, mas também ético, com ênfase em disciplina e respeito – valores que foram completamente violados neste caso.

Duas faces

É importante destacar que a violência doméstica transcende classes sociais, profissões e imagens públicas. Adilson, com sua figura de influência nas redes sociais, mostrava um lado aparentemente glamouroso e disciplinado, enquanto em casa perpetuava ciclos de abuso e violência.

A prisão em flagrante envia uma mensagem clara: nenhuma forma de violência será tolerada. No entanto, casos como este também pedem uma reflexão mais ampla sobre a educação emocional de homens e a desconstrução de masculinidades tóxicas que naturalizam o uso da força como meio de resolver conflitos ou exercer controle.

O sofrimento da vítima, que corajosamente rompeu o silêncio, deve ser um exemplo para outras mulheres que ainda vivem em situação de abuso. A denúncia é o primeiro passo para interromper o ciclo de violência, mas é fundamental que a sociedade como um todo – incluindo as redes de apoio, instituições e o próprio sistema judiciário – esteja preparada para acolher, proteger e amparar essas mulheres.

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