O passo a passo do recuo: por que o governo voltou atrás sobre a norma que estabelecia fiscalização do PIX

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quarta-feira (15) um dos maiores recuos destes dois anos de mandato até agora: decidiu revogar o ato que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo o PIX.
O governo se viu obrigado a tomar essa decisão após a enxurrada de fake news que invadiu as redes dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade.
Integrantes da equipe de Lula, e até o próprio presidente, chegaram a gravar vídeos e a dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso.
Diante do volume de desinformação e da popularidade do PIX, o governo teve que voltar atrás.
Veja abaixo o passo a passo do recuo:
1- As medidas anunciadas
No início deste mês, a Receita Federal atualizou regras para monitoramento de transações financeiras dos cidadãos, com o objetivo de impedir fraudes e sonegação fiscal (veja detalhes mais abaixo).
Essa atualização estabelecia um monitoramento de movimentações acima de R$ 5 mil por mês, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil mensais, no caso de pessoas jurídicas.
Segundo a Receita, outras modalidades de pagamento — como cartão de crédito e depósitos — já eram monitoradas quando os valores excediam em R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil no caso de pessoa jurídica.
Na atualização, o PIX seria incluído nessas regras, assim como os cartões. E os valores para disparar o monitoramento por parte da Receita seriam alterados. Desde o início, a Receita informou que intenção nunca foi pegar o pequeno comerciante como alvo.
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