Já tivemos uma terceira pálpebra — e os restos dela ainda estão nos seus olhos!

Você já deve ter reparado que temos uma membrana rosa no canto interno do olho, não é? Essa pequena coisinha esconde, na verdade, os vestígios de algo muito mais interessante: uma terceira pálpebra! 

Entenda:

  • No canto interno dos olhos, temos uma pequena membrana rosa quase imperceptível;
  • Na verdade, ela é o que sobrou de uma terceira pálpebra – que foi diminuindo cada vez mais com a evolução humana;
  • Chamada de membrana nictitante ou prega semilunar, a terceira pálpebra é bastante comum em animais como pássaros, mamíferos e répteis, ajudando a manter seus olhos limpos e úmidos;
  • Alguns primatas também possuem a membrana, mas, com o passar do tempo, a terceira pálpebra se tornou cada vez menos útil, e diminuiu até um ponto quase imperceptível;
  • Ainda existem alguns casos raros de pessoas que desenvolvem a terceira pálpebra – que pode ser removida cirurgicamente.
Vestígios de terceira pálpebra podem ser encontrados no olho humano. (Imagem: Radu Bighian/iStock)

A parte maior dessa membrana, localizada mais internamente nos olhos, é chamada de carúncula lacrimal –  que ajuda a manter nossos globos oculares limpos e lubrificados. Logo ao lado da carúncula, está a tal terceira pálpebra: uma tira de pele bem fina conhecida como membrana nictitante ou prega semilunar.

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Terceira pálpebra dos humanos foi reduzida com a evolução

A terceira pálpebra dos humanos se enquadra em algo chamado de estrutura vestigial, ou seja, algo que, com o tempo, deixou de servir ao seu propósito e acabou sendo reduzido ou completamente atrofiado.

Elas costumam ser encontradas em animais como pássaros, répteis, mamíferos e peixes, ajudando a remover eventuais resíduos para manter seus olhos limpos e úmidos. Alguns de nossos antepassados primatas também possuem membranas nictitantes, mas elas são mais raras nesse caso, como explica o IFL Science.

Terceira pálpebra é comum nos olhos de pássaros, reptéis e mamíferos. (Imagem: Ian Dyball/Shutterstock)

Isso porque, no processo de evolução, a membrana se tornou cada vez menos útil. Porém, visto que não causam nenhum mal aos olhos, a pressão evolutiva não foi o bastante para que ela sumisse de vez – e, assim, foram apenas diminuindo até virar essa pele quase imperceptível.

Ainda existem casos raros de pessoas que desenvolvem a terceira pálpebra – um artigo publicado em 2017 no Indian Journal of Ophthalmology, por exemplo, relata uma garota de 9 anos que nasceu com a membrana nictitante no olho esquerdo, posteriormente removida sem complicações em uma cirurgia.

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