Sumido do Pará, Helder estende “férias” a Davos, no Fórum Mundial

O governador do Pará, Helder Barbalho, iniciou na semana passada um período de dez dias de licença para tratar de “assuntos particulares” no exterior, sem divulgar o destino da viagem. Segundo o Diário Oficial do Estado (DOE), a licença será prorrogada. No entanto, Helder já retornará às suas funções como chefe do Executivo no dia 19, sem pisar no solo que governa. Ele vai participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A vice-governadora Hana Ghassan Tuma assumiu interinamente o comando do governo e assinou, ontem, 16, uma portaria autorizando o pagamento de cinco diárias e meia ao coordenador de Relações Internacionais do governo, Unaldo Eugênio Vieira de Sousa, que já encontrará o governador em Davos.

A reunião anual, famosa por reunir líderes globais, é conhecida tanto pelas discussões sobre temas econômicos e sociais quanto pela pompa que cerca o evento.

Enquanto Helder estará na Suíça, participando do convescote global, Hana ficará responsável por administrar questões urgentes e complexas no Pará. Entre os desafios estão a ocupação da sede da Secretaria de Educação por 100 indígenas, o bloqueio de estradas por outros grupos indígenas insatisfeitos com políticas educacionais, além de uma greve de professores da rede estadual e outros problemas latentes.

Nos bastidores, há críticas sobre o momento escolhido para a ausência do governador. Para muitos, a viagem a Davos, conhecida por grandes discursos e poucas decisões concretas, acontece enquanto o estado enfrenta uma série de crises que demandam atenção direta do Executivo.

Uma fonte informou ao Ver-o-Fato que Helder passou as “férias” esquiando nos Alpes Suiços, um esporte que ele adora e que inclusive já lhe trouxe problemas, Em Aspen, em 2020, ele fraturou a clávicula, aparecendo depois em Belém em eventos públicos com o braço na tipoia.

Fórum ou convescote?

O Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente em Davos, é famoso por reunir líderes de nações e grandes corporações. Embora seja palco de debates relevantes sobre economia, meio ambiente e desigualdade social, o evento também é frequentemente criticado por sua ineficácia em gerar mudanças concretas e pelo alto custo das reuniões.

No caso de Helder, sua presença no evento levanta questionamentos sobre os benefícios concretos para o Pará. O coordenador de Relações Internacionais, Unaldo Eugênio, fará parte da comitiva oficial, representando o estado em um evento que, para muitos, é mais simbólico do que prático, embora se diga que Helder tratará da COP-30, que será realizada em Belém em novembro deste ano.

Com as atenções voltadas para Davos, resta saber como o Pará enfrentará suas próprias crises enquanto o governador busca reafirmar seu protagonismo no cenário internacional.

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