Governo planeja aumentar vigilância em rota de drogas no Acre com inauguração de Porto Chinês

A inauguração do porto de Chancay, no Peru, controlado pela empresa chinesa Cosco, acendeu um alerta no Brasil. Localizado a 75 km de Lima, o terminal promete intensificar o comércio entre a China e a América do Sul, mas também gerou preocupações de segurança na região.

O Governo Federal planeja inaugurar, em fevereiro de 2025, um centro de inteligência em Cruzeiro do Sul, no Acre, para reforçar o combate ao tráfico de drogas e a outras atividades ilícitas.

Essa será a primeira unidade de um modelo que deve ser expandido para outras áreas de fronteira no país.

Estratégia para enfrentar o crime organizado

A Secretaria Nacional de Segurança Pública será responsável pelo projeto, que visa monitorar a fronteira e desarticular redes criminosas que utilizam rotas amazônicas para o tráfico de drogas e armas.

O governo também desenvolve outras medidas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e um projeto de lei “antimáfia”.

O controle da rodovia Interoceânica, que conecta Rio Branco ao porto peruano de San Juan de Marcona, também será intensificado. Com mais de 2,6 mil quilômetros de extensão, essa estrada se tornou uma rota estratégica para organizações criminosas.

Como é a fronteira entre o Acre, Peru e Bolívia

O estado do Acre, que compartilha 1.350 km de fronteira com o Peru e 618 km com a Bolívia, é um ponto de interesse para o tráfico internacional. Juntos, Peru e Bolívia respondem por mais de 10% do cultivo mundial de coca, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).

Um levantamento do Ministério Público do Acre revelou que a região serve como corredor para o transporte de drogas e armas. Narcotraficantes utilizam florestas, rios e até pistas de pouso clandestinas para movimentar grandes quantidades de cocaína e armamentos.

Disputa entre facções aumenta violência

Desde 2022, facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e o Bonde dos 13 (B13) disputam o controle das rotas ilegais no Acre. Essa rivalidade elevou os índices de homicídios na região, enquanto as cadeias do estado enfrentam superlotação com membros dessas organizações.

Segundo o Ministério da Justiça, essas facções dominam tanto as rotas de tráfico quanto os presídios locais. A situação evidencia a urgência de ações coordenadas para reduzir a violência e combater o crime organizado na Amazônia.

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