Alta dos alimentos e da taxa Selic: governo estuda baixar juros no plano Safra

Alta dos alimentos e da taxa Selic: governo estuda baixar juros no plano Safra

O ministro da Agricultura Carlos Fávaro afirmou, nesta quarta-feira (29), que o governo estuda incentivar produtos específicos com taxas de juros mais baixas no Plano Safra 2025.

“Já que não vamos ter um orçamento que pode ter taxas de juros muito atrativas para todo o Plano Safra, em virtude da Selic tão alta, vamos ver o que que é importante: arroz, feijão, hortifruti”, disse a jornalistas após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro destacou que a medida pode ajudar a conter a inflação em meio ao cenário de alta de preço dos alimentos.

“Ser mais estimulado para o produtor fale assim: ‘olha, ao invés de plantar isso, plantar aquilo, o que vai ter mais estímulo eu vou produzir mais”, completou.

De acordo com o ministro, a taxa diferenciada por cultivo já existe no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), administrado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário.

Taxa Selic

A alta da taxa básica de juros, a Selic, representa um desafio para o governo subsidiar a produção agrícola a juros mais baixos.

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado feita pelo Banco Central (BC), a taxa básica deve subir 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano.

O ministro também destacou que o governo analisa a possibilidade de reduzir a taxa de importação para alguns produtos.

“A gente pode tomar medidas assim, se tiver oportunidade e não afetar a produção interna no Brasil”, pontuou.

A reunião com o Ministério da Fazenda deve ter continuidade na quinta-feira (30), com participação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Taxa de importação

Crise dos alimentos

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o setor de alimentos e bebidas, combustíveis e passagens aéreas tiveram uma alta de preços no mês de janeiro.

O governo federal afirmou que não vai adotar nenhuma medida “heterodoxa” para frear o aumento dos preços.

Na primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto, Lula declarou que baratear o preço dos alimentos que chegam à mesa do trabalhador é a prioridade do governo em 2025.

*Com informações do G1

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