Nova Zelândia flexibiliza regras para atrair nômades digitais

A promessa de uma “revolução” no mercado de trabalho a partir da popularização do home office, uma prática impulsionada pela pandemia de Covid-19, parece estar ficando para trás. Isso porque as principais empresas do mundo têm, aos poucos, exigido o retorno dos funcionários aos escritórios.

No entanto, existe um país que continua entusiasta do trabalho remoto. A Nova Zelândia flexibilizou os requisitos de visto para atrair os chamados “nômades digitais” em uma tentativa de impulsionar a economia.

Objetivo é aumentar o número de turistas

  • Pelas novas regras, visitantes podem trabalhar para empregadores estrangeiros enquanto passam férias no país por até 90 dias.
  • Depois deste período, no entanto, eles ficam sujeitos ao pagamento de impostos, sendo considerados residentes.
  • De acordo com o governo neozelandês, “a mudança permitirá que muitos visitantes prolonguem sua estadia, o que resultará em maior gasto no país”.
  • A expectativa é que a medida atraia “pessoas altamente qualificadas em funções conectadas a grandes empresas e indústrias globais”.
  • As autoridades ainda destacam que os trabalhadores em questão não disputam empregos com os neozelandeses.
  • A Nova Zelândia enfrenta atualmente uma recessão econômica, e o setor de turismo foi gravemente impactado pelo fechamento das fronteiras durante a pandemia.
Objetivo é incentivar o turismo na Nova Zelândia (Imagem: Mumemories/Shutterstock)

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Mudanças só valem para quem faz home office para empregadores estrangeiros

O governo da Nova Zelândia informou que as mudanças se aplicam a todos os tipos de visto de visitante, incluindo turistas e pessoas que visitam familiares, parceiros e responsáveis com vistos de longa duração. É importante destacar, no entanto, que apenas trabalhos remotos realizados para empregadores estrangeiros são permitidos. Visitantes cujo emprego exige presença física no país ainda precisarão obter os vistos apropriados.

Antes da pandemia, o turismo era a maior indústria de exportação do país, contribuindo com mais de 40 bilhões de dólares neozelandeses (cerca de R$ 135 bilhões) para a economia. Além disso, o aumento das taxas de juros, impulsionado por uma inflação elevada, resultou na estagnação do crescimento econômico, aumento do desemprego e crescimento do número de pessoas buscando trabalho no exterior.

Mulher em videoconferência
Flexibilização permite a prática de home office para empresas estrangeiras (Imagem: fizkes/Shutterstock)

Com a recente medida, a Nova Zelândia junta-se a uma lista crescente de países que, nos últimos anos, introduziram programas de visto para nômades digitais. Este é o caso de Japão, Coreia do Sul, Brasil, Espanha e Portugal, que também oferecem vistos específicos para este tipo de trabalho.

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