PF cumpre mandados contra grupo criminoso envolvido em compra de votos no Pará


Mandados estão sendo cumpridos em Belém e Tucuruí. A organização criminosa está envolvida em crimes de corrupção eleitoral, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro. Dinheiro apreendido pela PF na Operação Stall
Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal cumpre 10 mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça, sendo dois em Belém e oito em Tucuruí, no sudeste do Pará. A ação faz parte da “Operação “Stall e está sendo realizada nesta quinta-feira (30).
A operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes de corrupção eleitoral, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.
A prefeitura de Tucuruí é alvo de três pontos de buscas da PF. Até o momento foram apreendidos carros, dinheiro, celulares e documentos.
Investigação
A investigação teve início após a prisão em flagrante de um policial militar, encontrado dentro de uma aeronave transportando R$ 1.149.300,00 em espécie, em outubro do ano passado. Segundo a PF, o dinheiro veio do estado de São Paulo e seria utilizado para a compra de votos nas Eleições de 2024.
No mesmo mês, um coronel da Polícia Militar do Pará, identificado como Francisco de Assis Galhardo do Vale, o coronel Galhardo, foi preso pela PF suspeito de crime eleitoral. Ele e mais três pessoas foram flagrados deixando uma agência bancária, após sacar quase R$ 5 milhões em Castanhal, no nordeste do estado. As apreensões tiveram início dois dias antes das Eleições 2024.
PF apreende cerca de R$ 5 milhões numa operação de combate a crimes eleitorais
Esquema criminoso
Após a prisão dos policiais, os investigadores intensificaram as apurações e descobriram um esquema criminoso que envolvia tanto agentes públicos quanto empresários, em uma rede de desvio de recursos e lavagem de dinheiro.
As apreensões feitas nesta quinta-feira (30) devem confirmar a suspeita de falsificação de documentos e o uso de uma empresa para lavar dinheiro relacionado ao crime eleitoral.
A investigação continua em andamento, com novas diligências previstas para identificar outros envolvidos e aprofundar a análise dos materiais apreendidos. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção eleitoral, com penas que, somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.
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