Polícia Militar testa novas câmeras corporais em São Paulo

As novas câmeras corporais da Polícia Militar (PM) de São Paulo começaram a ser testadas nesta semana. No total, são 120 equipamentos instalados em agentes do 1º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I).

Neste primeiro momento, os testes serão realizados apenas na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. O cronograma oficial prevê que esta fase, denominada Operação Assistida, dure até o dia 21 de março.

Metade dos agentes de SP já contam com os dispositivos

  • A meta da PM é contar com 12 mil câmeras corporais no futuro.
  • Atualmente, 10.125 equipamentos da Axon estão em funcionamento.
  • Eles estão distribuídos entre os batalhões de policiamento da capital, região metropolitana e interior.
  • De acordo com o governo do estado, esse total abrange 52% das unidades policiais de SP.
  • O fim dos testes com os equipamentos será seguido por um relatório será elaborado pela Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP).
PM de SP quer aumentar quantidade de câmeras corporais disponíveis (Imagem: Vinicius Bacarin/Shutterstock)

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Uso das câmeras em operações é obrigatório

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (29), o vice-governador do estado, Felicio Ramuth, afirmou que as novas câmeras têm diferentes possibilidades de gravação: elas podem ser acionadas pelo próprio PM, pela supervisão do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) ou por oficiais e demais policiais que estão no comando da determinada unidade de serviço.

Quando entra em operação, o dispositivo apresenta um “pré-buffer”, retroagindo em 90 segundos e captando tanto o áudio como o vídeo ambiente. Esta configuração aumenta as chances de se ter uma imagem da ocorrência.

Estátua na frente do STF
STF determinou uso obrigatório dos equipamentos pela polícia (Imagem: Diego Grandi/Shutterstock)

Ainda segundo Ramuth, as câmeras corporais irão facilitar a ação do policial, especialmente em situações de risco. Para ele, o acionamento dos dispositivos vai servir de prova tanto para as ocorrências quanto para eventuais investigações sobre a atuação da PM.

O uso obrigatório dos equipamentos foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no final do ano passado. De acordo com a Corte, isso deve ocorrer durante operações de grande envergadura para restauração da ordem pública, as que incluam incursões em comunidades vulneráveis e as deflagradas para responder a ataques praticados contra policiais militares.

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