Mulher é indiciada por abortar e tentar ‘se livrar’ do feto em vaso sanitário de hotel de Pacaraima

Uma mulher, de 29 anos, é indiciada por abortar e tentar se livrar do feto em um vaso sanitário em um hotel de Pacaraima. A Polícia Civil de Roraima (PC-RR) confirmou o caso ao Portal Norte nesta sexta-feira (31).

O caso ocorreu no dia 9 de outubro, mas a polícia concluiu a investigação em dezembro, e encaminhou o processo ao Ministério Público de Roraima (MP-RR).

Segundo as investigações, a mulher colocou a placenta em uma sacola e a jogou em um lixo da rua.

Aborto descoberto após gerente encontrar sangue no quarto

A mulher estava hospedada sozinha em um hotel em Pacaraima quando começou a sentir dores que seriam do aborto.

Por volta das 2h, teve um intenso sangramento no banheiro. Segundo depoimento à polícia, ela afirmou que não sabia que estava grávida.

Ao tentar dar descarga, o vaso sanitário entupiu. Em seguida, ela pegou a placenta, colocou em uma sacola plástica e jogou no lixo da rua.

O caso veio à tona quando o gerente do hotel encontrou o quarto com marcas de sangue e percebeu que o vaso estava entupido. Ele acionou a PC-RR, que iniciou a investigação.

Câmeras registraram suspeita saindo com a sacola de placenta

A PC-RR teve acesso às câmeras de segurança, com imagens da mulher saindo do hotel pela manhã carregando a sacola onde colocou a placenta. As autoridades encontraram o material descartado em um lixo na rua.

Em depoimento a polícia, ela disse que, no dia seguinte, contou o ocorrido a uma amiga e tentou buscar atendimento médico na Venezuela, mas não realizou exames devido ao alto custo.

A mulher confirmou que teve um aborto na maternidade de Boa Vista.

Laudo não conseguiu confirmar se aborto foi espontâneo ou provocado

A mulher passou por exames periciais no Instituto Médico Legal (IML), que confirmou que a gravidez tinha entre três a quatro meses.

Segundo o laudo médico, não é possível determinar se o aborto ocorreu de forma espontânea ou provocado, pois não havia sinais de intervenção no útero.

Apesar disso, o delegado Valdir Tomasi Rosa, responsável pela investigação, considerou que a mulher agiu com tranquilidade, descartando a placenta e tentando se livrar do feto.

Portanto, com isso, a polícia entendeu que havia indícios suficientes para o crime de ocultação de cadáver.

O inquérito terminou em dezembro de 2024 e encaminhado ao Ministério Público de Roraima, que agora analisa se denuncia ou não a mulher à Justiça.

Nota da Polícia Civil de Roraima

Por meio de nota, a PC-RR confirmou que a Delegacia de Pacaraima investigou o caso e concluiu o inquérito policial.

Por fim, polícia indiciou a mulher por suspeita de aborto e ocultação de cadáver.

“A Polícia Civil de Roraima informa que o caso referido foi investigado pela Delegacia de Pacaraima, que já encerrou os trabalhos e concluiu o inquérito policial com o indiciamento da suspeita por aborto e ocultação de cadáver”, declarou.

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