PF resgata mineradores em condições análogas à escravidão no Amazonas

Trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão em Maués, município do interior do Amazonas, foram resgatados em uma operação da Polícia Federal (PF), neste final de semana.

A operação de resgate também contou com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). 

Denominada de “Operação Mineração Obscura 2”, a investigação, que aconteceu entre a última sexta-feira (31) e esta segunda-feira (3), inutilizou minas subterrâneas de garimpo ilegal, um dos mais antigos do Brasil.

Denúncias de exploração de mão-de-obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro deram origem à operação, que é oriunda da “Operação Déjà Vu“, que já revelou práticas similares na região. 

As equipes de investigação observaram que os trabalhadores enfrentavam horas exaustivas sem que pudessem exercer direitos básicos, além de utilizarem substâncias químicas tóxicas. 

O minério era extraído por meio de minas subterrâneas. Esta prática é considerada incomum e de alto risco. Avalia-se que com essas ações, os danos ambientais, que incluem, desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e degradação de áreas de preservação, já estão além de R$ 1 bilhão. 

Constância 

O Amazonas enfrenta batalha para mitigar trabalhos nestas situações. No último dia 21, por exemplo, uma empresa na zona norte de Manaus  foi alvo de uma operação após denúncias registradas no Ministério de Trabalho de que funcionários estariam sendo mantidos em condições análogas à escravidão.

A Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), junto das forças policiais do estado, conduziu a fiscalização.

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