Meta: 2025 será um “ano decisivo” para os óculos inteligentes

O ano de 2025 deve ser “decisivo” para o futuro da Meta. A palavra “decisivo” foi usada pelo próprio CEO da big tech, Mark Zuckerberg, ao tratar da divisão de óculos inteligentes da companhia.

Para ser mais exato, o setor se chama Reality Labs e engloba todas as tecnologias ligadas à Realidade Estendida, como os smart glasses Ray-Ban Meta, os headsets VR Quest, o protótipo Orion e até mesmo serviços do metaverso.

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Aliás, o Facebook se rebatizou como Meta há aproximadamente 3 anos – e a escolha do nome se deu justamente para se adequar à ideia de Zuckerberg de criar um metaverso, uma espécie de mundo virtual online onde as pessoas viveriam por meio de seus avatares.

A iniciativa naufragou e, nesse meio tempo, a gigante da tecnologia mudou um pouco seu rumo e passou a apostar nos óculos inteligentes como o dispositivo do futuro – algo que pode substituir os smartphones. Com isso, a Meta quer passar a depender menos das concorrentes, sobretudo a Apple e o Google, que dominam as plataformas atuais com sua App Store e Play Store, respectivamente.

O plano é extremamente ambicioso – e difícil de ser realizado. Para ter sucesso na empreitada, a empresa não deve medir esforços nem gastos. A previsão é de um investimento bilionário na área, por isso Zuckerberg considerou 2025 como um “ano decisivo” para os seus smart glasses.

zuckerberg meta
Mark Zuckerberg acelerou ainda mais os investimentos da big tech em 2025 – Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock

Investimento bilionário

  • A divisão Reality Labs nasceu em 2014, quando o então Facebook comprou a fabricante de headsets VR Oculus.
  • Em 9 anos, o total investido na área foi de cerca de US$ 60 bilhões (R$ 348 bi), quantia que aumentou muito no passado recente.
  • A Meta revelou que investiu US$ 19,9 bilhões (R$ 115,5 bi) no setor somente no ano passado – um valor recorde.
  • E o relatório anual da empresa projetou um aumento dos investimentos anuais da divisão em 2025.
  • Especialistas na área falam em mais de US$ 20 bilhões (R$ 116,1 bi).
  • Somando todas as quantias, estamos falando de um total de mais de US$ 100 bilhões (R$ 580 bilhões) investidos em Realidade Estendida.
  • Vale destacar que esse é um setor que não se paga – muito pelo contrário: dá prejuízo.
  • No ano passado, por exemplo, foram quase US$ 20 bilhões gastos para apenas US$ 2,1 bilhões em receitas.
  • Houve, portanto, uma perda operacional de quase US$ 18 bilhões.
O Meta Quest ainda não caiu no gosto do público, e já tem especialista falando que esse formato já era – Imagem: FrimuFilms/Shutterstock
  • Como já explicamos, a Meta não se importa em fechar no vermelho, uma vez que seu objetivo maior é criar o substituto do smartphone (superando, assim, a Apple e o Google).
  • O próprio Zuckerberg, no entanto, parece ter dado um prazo para o seu objetivo ao falar que 2025 será um “ano decisivo” para a divisão de smart glasses.

A grande aposta da Meta

Apesar desse rombo orçamentário, a Meta está longe de falir. A empresa continua dando lucro graças a outras áreas, principalmente a de publicidade online. Para vocês terem uma ideia, o lucro líquido cresceu 60% no ano passado, para US$ 62,4 bilhões (R$ 362,4 bi).

E, apesar de fechar no vermelho, a própria divisão de wearables vem crescendo aos poucos. É verdade que os headsets Quest ainda não caíram no gosto do público, mas os óculos Ray-Ban registraram alta e venderam quase 1 milhão de unidades em 2024.

A grande aposta da Meta, porém, atende pelo nome de Orion. Esses óculos leves têm pequenas câmeras, microfones e alto-falantes embutidos, permitindo que o usuário tire fotos, ouça música e converse com um assistente de IA. O lançamento deve ocorrer ainda este ano.

Em paralelo a isso, a big tech segue investindo pesado também em Inteligência Artificial. De acordo com o próprio Zuckerberg, a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp planeja investir até US$ 65 bilhões em projetos relacionados à IA em 2025.

Logo do Meta AI
A Inteligência Artificial deve receber um dos maiores investimentos da Meta em 2025 – Imagem: El editorial/Shutterstock

Esse valor deve englobar a construção de um novo e gigantesco data center e o aumento das contratações em suas equipes especializadas. A expectativa é que esse data center seja “tão grande que cobriria uma parte significativa de Manhattan”.

As informações são do jornal Financial Times.

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