Como estes ‘monumentos’ foram parar em Marte e na lua Phobos?

No último fim de semana, conforme noticiado pelo Olhar Digital, a imagem de um quadrado no solo marciano capturada pela Sonda Global de Marte (MGS), da NASA, foi motivo de especulações na internet. 

O mesmo já aconteceu com outras imagens intrigantes do Planeta Vermelho, como as que mostram um monólito de cerca de 90 metros fincado no chão daquele mundo e outro semelhante na lua marciana Phobos. 

Assim como a estrutura quadrada no solo de Marte, as imagens do aparente “monumento” são fotografias reais tiradas por uma sonda da NASA que orbita o planeta. Também não são registros novos: o monólito de Marte foi capturado em 2008 e o de Fobos em 1998.

Monólito em Marte. Créditos: NASA / JPL / Malin Space Science Systems

Os chamados monólitos são grandes blocos verticais de rocha que, por suas formas geométricas incomuns, frequentemente despertam teorias sobre possíveis intervenções alienígenas. 

Em 2009, o astronauta Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua, chamou atenção para o tema ao sugerir que Phobos deveria ser explorada antes de futuras missões tripuladas a Marte. “Há um monólito lá, uma estrutura muito incomum. Quando as pessoas descobrirem isso, vão se perguntar: ‘Quem colocou isso lá?’. Bem, o Universo o colocou lá. Se você preferir, Deus o colocou lá”, disse ele à C-SPAN na época.

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Possíveis explicações para os monólitos de Marte e Phobos

No entanto, para os cientistas, essas formações não representam um grande mistério. Em relação ao monólito de Phobos, a NASA acredita que ele seja uma rocha ejetada durante a formação da cratera Stickney, que ocupa quase metade da superfície da lua e se formou após um impacto de grande porte. A análise das imagens capturadas pela MGS revela que outras grandes pedras estão espalhadas pela região, reforçando essa hipótese.

O caso do monólito marciano também tem explicações naturais. Ao Daily Mail, Alfred McEwen, cientista da Universidade do Arizona, formações rochosas retangulares não são raras e surgem devido à combinação de processos geológicos, como fraturas tectônicas e erosão. Além disso, a baixa resolução das imagens pode fazer com que objetos irregulares pareçam mais geométricos do que realmente são.

Monólito em Phobos, lua de Marte. Créditos: NASA / JPL / Malin Space Science Systems

Outro fenômeno que pode estar influenciando a percepção do público é a pareidolia, um efeito psicológico que leva o cérebro humano a reconhecer padrões familiares em imagens aleatórias. Assim como aconteceu com a famosa “Face de Marte”, fotografada em 1976 pela sonda Viking 1, o monólito e a estrutura quadrada podem ser apenas rochas comuns interpretadas de maneira exagerada.

Embora Marte e suas luas ainda guardem muitos mistérios, os monólitos provavelmente não estão entre eles. As explicações científicas oferecem uma visão mais realista dessas formações, deixando o aspecto enigmático para outras descobertas no Planeta Vermelho.

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