Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência: conversas são importantes para conscientização

A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência acontece anualmente na primeira semana de fevereiro, e é importante para lembrar a população que conversas com jovens são indispensáveis para a conscientização deste problema.

No Brasil, em 2020, o total de nascimentos de mães adolescentes foi de 380.778, segundo dados do Ministério da Saúde. O Tocantins também apresenta números desanimadores, segundo dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), em 2023, foram registrados 3.622 nascidos vivos de adolescentes e jovens com idade entre 10 e 19 anos.

Gravidez na Adolescência nacionalmente

A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência acontece anualmente na primeira semana de fevereiro, e é uma das ações necessárias para conscientizar os jovens sobre esse problema social alarmante.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), para cada grupo de mil meninas, de 15 a 19 anos, há uma incidência mundial de 46 nascimentos, sendo que no Brasil a taxa fica em torno de 68,4.

O país, em 2020, registrou um total de 380.778 nascimentos de mães adolescentes, o que equivale a 14% do total de nascidos vivos no ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Esses dados são preocupantes por diversos motivos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gestação durante a adolescência causa mais problemas para as mães e os fetos do que em gestações em outras idades, além de prejudicar ainda mais as condições sociais e econômicas das famílias.

Um estudo “Saúde Brasil” do Ministério da Saúde (2018) aponta que as taxas de mortalidade infantil entre as crianças de mães adolescentes, até 19 anos, são de 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos (acima da taxa nacional, de 13,4 óbitos).

Além disso, os outros riscos são:

• Ausência de amamentação;
• Omissão ou recusa do pai biológico ou parceiro pela responsabilidade da paternidade;
• Possibilidade de rejeição da família ou expulsão da adolescente e do recém-nascido do convívio familiar;
• Vulnerabilidade social, pobreza, situações de risco (migração, situação de rua, refugiados) e falta de suporte familiar, pobreza;
• Quando a mãe adolescente abandona ou é excluída da escola, interrompendo a sua educação e dificultando sua inserção no mercado de trabalho.

Os números do Tocantins também não são animadores.

Gravidez na Adolescência no Tocantins

O Tocantins, em 2023, segundo dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), registrou 3.622 nascidos vivos de adolescentes e jovens com idade entre 10 e 19 anos, o que corresponde a 16% do total anual, que foi de 22.587 nascidos vivos.

A técnica da área de adolescente da Secretaria Estadual da Saúde do Tocantins (SES-TO), Sandra Rettemann, destaca que os impactos da gravidez na adolescência afetam o desenvolvimento das garotas em diversos aspectos, como mental e educacional.

As discussões sobre esse tema são de extrema importância para a diminuição da gravidez na adolescência, como aponta a coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca) e defensora pública do Tocantins, Elisa Maria Pinto de Souza Falcão Queiroz.

Como forma de prevenção, além dos métodos contraceptivos, a Defensora Pública destaca a importância da educação sexual. “Sabemos que a vida sexual tem iniciado cada dia mais cedo e buscar informações é extremamente importante para que você não viva uma gravidez não desejada.”

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