Produção de bicicletas elétricas cresce no Brasil

Em 2024, o Brasil registrou uma queda na produção de bicicletas convencionais, mas, por outro lado, teve um crescimento expressivo na modalidade elétrica.
Até novembro, a produção do veículo sobre duas rodas tradicional foi 24,1% menor na comparação com o mesmo período de 2023.
Os dados foram reunidos pela Abraciclo, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
Em novembro, por exemplo, foram fabricadas 29.451 unidades de bicicleta, 17,2% em comparação com o mesmo mês de 2023.
Em uma entrevista coletiva ainda em abril, a entidade já havia destacado que as fabricantes projetavam queda na produção para o exercício de 2024.
Foi o terceiro ano consecutivo de queda na produção desse meio de transporte. O setor já havia registrado queda de 17,25% em 2022 (599.044) e 23,7% em 2023 (456.917 unidades).
O último período em que o segmento registrou crescimento na produção foi em 2021, com 15,7% a mais que 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19.
Por outro lado, 2024 foi um ano bastante favorável à produção de bicicletas elétricas, com crescimento de 30%.
A bicicleta elétrica, também conhecida como ebike, é um veículo motorizado, dotado de um sistema de bateria e motor elétrico.
Com potência nominal máxima de até 1000W, ela pode até atingir velocidade de até 32 km/h.
No ano, os modelos elétricos corresponderam a 4,9% de todas as unidades de bicicletas fabricadas considerando todas as categorias. Em 2023, a fatia havia sido de 2,6%
Entre janeiro e novembro de 2024, foram fabricadas 16.845 unidades de bicicletas elétricas, o maior volume já registrado pelo Polo Industrial de Manaus (PIM).
A bicicleta elétrica mais antiga que se tem notícia é de 1895, ano em que Ogden Bolton Jr. patenteou a invenção nos Estados Unidos no dia 31 de dezembro daquele ano. Esse primeiro modelo utilizava uma bateria de 10 volts e seu motor não continha engrenagens. De lá para cá, houve avanços seguidos na produção.
No entanto, apenas um século depois, nos anos 1990, as bicicletas elétricas passaram a se popularizar, graças ao desenvolvimento de baterias mais potentes. Em países da Europa e da Ásia o uso já é bem mais comum que no Brasil.
A liderança no quesito é de países europeus. Alemanha, França (foto), Itália, Áustria e Holanda são os que têm a maior proporção de usuários per capita de bicicleta elétrica.
Em junho de 2023, o uso de bicicletas elétricas, assim como de outros veículos individuais autopropelidos (os que se deslocam com um sistema de propulsão próprio, como um motor), foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
A norma estabeleceu regras de trânsito para esses veículos individuais em vias públicas com separação em grupos de acordo com velocidade que podem atingir e suas características.
As regras determinam que em áreas de circulação de pedestres, as bicicletas elétricas só podem trafegar com velocidade limitada a 6 km/h.
Já em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, elas devem respeitar a velocidade estabelecida para o local.
Para circular em vias com carros, os condutores de bicicleta elétrica devem respeitar as mesmas regras previstas para bicicleta constantes do Código de Trânsito Brasileiro. É obrigatório o uso de retrovisor do lado esquerdo e pneus com condições mínimas de segurança.
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