CPI do Crime Organizado atinge assinaturas necessárias para instalação; entenda a proposta

CPI do Crime Organizado atinge assinaturas necessárias para instalação; entenda a proposta

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que investiga a atuação de facções criminosas e milícias no Brasil, atingiu as 27 assinaturas necessárias para sua instalação.

A CPI conta com o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e tem o objetivo de apurar o aumento da influência do crime organizado e seus efeitos na segurança pública e na economia do país.

Além disso, a Comissão busca apurar o financiamento das organizações criminosas e propor medidas para aprimorar o combate a elas.

Após a leitura em plenário do relatório, será aberto o prazo para que os líderes partidário indiquem os membros que vão compor o colegiado.

Contexto de violência

O autor do requerimento para a criação do colegiado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), chama atenção para os elevados índices de homicídio no país e também o crescente domínio territorial do crime organizado sobre comunidades.

O Brasil registrou 46.328 mortes violentas intencionais em 2023, segundo dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Estados da região Norte, como Amapá e Amazonas estão entre os mais violentos do país, com índices superiores à média nacional.

Para Vieira, a CPI será essencial para expor o funcionamento das redes criminosas e discutir meios de cortar o fluxo financeiro dessas organizações.

“As facções criminosas e as milícias expandiram sua atuação sem que houvesse uma resposta coordenada e eficiente do Estado. Não podemos continuar assistindo à escalada da violência e ao fortalecimento do crime sem reagir”, afirmou o senador.

Facções do Norte

A Família do Norte, por exemplo, facção que cresceu no ano de 2010, possui participação forte e dominante no Estado do Amazonas, região estratégica para o tráfico internacional de drogas.

Assim como as demais organizações criminosas no Brasil, o maior foco dela é o comércio ilegal de entorpecentes, sem prejuízo de assaltos a bancos, especialmente de municípios isolados e sem vigilância constante.

Segundo o jornal “El País”, o grupo se associou ao Comando Vermelho, fazendo com que o PCC perdesse força no Amazonas.

O Bonde dos 13 é uma facção criada em 2013, no estado do Acre, cuja atividade principal é o tráfico de drogas, o roubo de bancos e a atuação em extorsões dos comerciantes locais.

As atuações chamam atenção também pela forma brutal com que são cometidos os assassinatos no estado em questão.

Ainda no norte do país, destaca-se a atuação da Família Terror do Amapá, estado que, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2023, foi considerado aquele com mais mortes, proporcionalmente, no país.

O dado demonstra a influência da facção na alta violência e criminalidade da região.

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