Em busca de boa relação, Lula vai viajar e dividir palanque com Alcolumbre no Amapá


Na quinta, Lula e presidente do Senado devem inaugurar campus de Instituto Federal e participar da entrega de casas. Petista quer melhorar governabilidade e está de olho em 2026. Lula e Davi Alcolumbre durante em encontro em Brasília
Ricardo Stuckert / Presidência da República e Evaristo Sá/AFP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dividirá palanque com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na próxima quinta-feira (13), durante viagem ao Amapá, estado do parlamentar.
Será a primeira vez que os dois estarão juntos no mesmo palanque após a eleição de Alcolumbre para a presidência do Senado no início do mês.
A previsão é que Lula participe de três eventos: a inauguração de um campus do IFAP (Instituto Federal do Amapá), a entrega de cerca de 200 unidades do Minha Casa, Minha Vida e a transferência ao Amapá de territórios que estão no estado mas atualmente pertencem à União.
Presidente Lula visitará o Amapá no dia 13 de fevereiro
Alcolumbre deverá acompanhar Lula no avião presidencial, no deslocamento entre Brasília e Macapá. O presidente decidiu viajar ao Amapá no final de janeiro. Segundo auxiliares, Lula conversava sobre a agenda de viagens com ministros quando se propôs a ir até o Amapá.
A agenda principal no estado é a transferência de terras, que poderia ocorrer no Palácio do Planalto. Aliados veem na decisão pelo deslocamento um gesto para Alcolumbre.
Lula quer construir uma boa relação com o presidente do Senado para ajudar na governabilidade e na construção do palanque para 2026.
Lula também tem demonstrado preocupação com as eleições para o Senado daqui a dois anos. Dois terços da Casa serão renovados. A avaliação no governo é que a oposição está mais organizada e que tem mais chance de conseguir cadeiras para avançar nas pautas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2026, cada estado irá eleger dois senadores. Só na região Norte, serão eleitos 14 parlamentares para o Senado. Lula foi derrotado por Jair Bolsonaro em 2022 na maioria dos estados da região.
No Amapá, há uma preocupação com a ascensão da direita e do grupo do prefeito de Macapá, Dr Furlan, que detém alta popularidade.
Em função desse cenário, houve uma aproximação, nos últimos anos, de políticos que já estiveram em grupos antagônicos. Alcolumbre e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), hoje atuam como aliados, junto com o governador do Amapá, Clécio Luís.
Além do Amapá, Lula estará em Belém na sexta-feira (14) para acompanhar as obras da COP 30, que será realizada na capital paraense em novembro.
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