Tempestades severas se tornarão mais comuns em São Paulo e no Rio

Os cientistas já sabem que as mudanças climáticas estão deixando as tempestades cada vez mais intensas e comuns. E a previsão para a próxima década não é nada animadora, especialmente para duas cidades brasileiras.

Uma projeção feita por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que a eventos severos, com alta carga de raios e ventos fortes, em São Paulo e no Rio de Janeiro deve aumentar entre 20% e 30% até 2034.

Já existem sinais claros do agravamento das tempestades

• O estudo observa que a alta incidência de raios em janeiro na capital paulista já é um sinal de um agravamento do cenário.
• As tempestades severas são impulsionadas pela mudança climática global e pela intensidade do El Niño, que causa o superaquecimento das águas do Pacífico.
• Para projetar a situação nos próximos dez anos, os cientistas alimentaram modelos matemáticos com dados mais recentes, incluindo os registros dos últimos dez anos.
• De acordo com Osmar Pinto Jr., que coordenou a pesquisa, mesmo levando em conta a margem de erro e a variabilidade dos modelos, é possível ter certeza que as tempestades severas vão aumentar.
• As informações são de O Globo.

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Uma das maiores preocupações é com o risco de mortes

Atualmente, o Brasil registra cerca de 5 mil tempestades severas por ano. Elas representam apenas 1% de todos os eventos que ocorrem no país, mas podem trazer grandes danos, especialmente em grandes cidades.

As duas características principais de fenômenos com esta classificação são ventos a mais de 70 km/h e o registro de mil raios ou mais em um único dia. A Amazônia é a região campeã de descargas elétricas no país, e São Paulo e Rio não estão entre as áreas mais atingidas por tempestades desse tipo.

Os pesquisadores explicam que os raios provocam menos impacto numa cidade com muitos para-raios, mas também são preocupantes porque provocam mortes. Manaus e São Paulo são os locais com o maior número de óbitos, 30 em cada uma nos últimos dez anos. O Rio teve 10 mortes no mesmo período.

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