Desmatamento e focos de calor apresentam queda em 2025 no Amazonas

Desmatamento em queda no AM.

Entre 1º de janeiro e 10 de fevereiro de 2025, o número de desmatamentos e de focos de calor no Amazonas registraram uma queda em comparação ao mesmo período do ano passado. 

As informações são do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), por meio do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP). 

CMAPP. Foto: José Narbaes/Arquivo Ipaam

Desmatamento 

Com registro de queda de 82,91%, o estado contabilizou 475 ocorrências, resultando em 11,95 km² de área destruída.

Em 2024, o Ipaam registrou 2.780 casos, com total de 52,98 quilômetros quadrados (km²) de vegetação derrubada. 

Calor reduzido

Com redução expressiva, houve registro de 67 focos de calor no Amazonas neste ano. A queda representa 65,54% eventos a menos se comparado ao mesmo intervalo do ano passado.

Em 2024, 194 pontos de calor foram identificados. A coordenadora do CMAAP, Priscila Carvalho, comemorou os resultados, mas falou da necessidade de um trabalho contínuo. 

“Embora os índices mostrem uma queda significativa, o trabalho de monitoramento e fiscalização precisa ser constante. O aumento no número de alertas de desmatamento e focos de calor em algumas regiões exige que nossas equipes permaneçam atentas”, disse. 

Como funciona o Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas? 

O Centro de Monitoramento utiliza tecnologias de imagens de satélite para detectar alterações na cobertura florestal. Ao usar esses satélites, o Ipaam identifica com precisão os desmatamentos ilegais, em tempo real, permitindo uma ação mais rápida e eficaz das equipes de fiscalização.

Multas

Conforme o Decreto Federal nº 6.514/2008, as infrações de desmatamento podem gerar multas mínimas de R$ 5 mil por hectare ou fração. O valor ainda pode ser dobrado em casos de desmatamento advindo de fogo. 

No final do ano passado, por exemplo, os municípios de Autazes e Itacoatiara, no Amazonas, e a Terra Indígena Rio Urubu receberam fiscalização contra o desmatamento ilegal.

Esta operação contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Batalhão Ambiental estadual e gerou R$ 765 mil em multas. 

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