Gosma que gera eletricidade pode revolucionar a medicina

Pesquisadores da Universidade de Guelph, no Canadá, desenvolveram uma espécie de gosma que gera eletricidade ao ser manuseada. Descrito em um artigo no Journal of Molecular Liquids, o material é feito de componentes naturais e possui aplicações que podem ir desde a medicina até a robótica ou a produção de energia verde.

Entenda:

  • Uma gosma que gera eletricidade ao ser manuseada pode revolucionar a medicina, robótica e produção de energia verde;
  • Feita de água, ácido oleico e aminoácidos, a substância pode assumir diferentes formas no nível microscópico;
  • Por isso, possui aplicações que podem ir desde a produção de peles sintéticas para robôs até curativos ou revestimento de pisos;
  • Alguns testes já foram realizados e novas análises da gosma estão sendo conduzidas. 
Nova gosma pode gerar energia de forma sustentável. (Imagem: somchaij/Shutterstock)

A substância gosmenta foi testada na Canadian Light Source (CLS), instalação de luz síncrotron canadense. Em comunicado, Erica Pensini, pesquisadora-chefe do estudo, explica que os testes com o slime revelaram a capacidade de assumir diferentes formas no nível microscópico. “Se você aplicar um campo elétrico, você pode mudar a estrutura cristalina deste material.”

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Gosma que gera eletricidade pode até ser usada como curativo

Composto por 90% de água, ácido oleico e aminoácidos, o material pode ser usado em pisos, por exemplo, gerando energia sustentável conforme as pessoas andassem sobre ele. Outra possível aplicação da gosma é na criação de peles sintéticas para robôs, ajudando a calibrar o nível de pressão exercida ao tocar em determinados objetos.

Gosma que gera eletricidade também pode ser usada como curativo. (Imagem: ARTFULLY PHOTOGRAPHER/Shutterstock)

Na medicina, o slime não apenas poderia apoiar a administração direcionada de medicamentos, mas também ser usado como curativo. “Nossos corpos produzem pequenos campos elétricos para atrair células de cura para uma ferida aberta. Ao criar uma bandagem que aumenta esse campo elétrico, a cura poderia teoricamente acontecer mais rápido. Nesse caso, a bandagem seria ativada por nossos movimentos naturais e respiração”, explica Pensini.

Apesar de suas possíveis – e promissoras – aplicações, a gosma ainda precisa passar por outros testes, incluindo um bálsamo para as mãos usado pela própria pesquisadora-chefe do estudo.

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