MP denuncia envolvidos na morte da jovem executada a tiros na frente dos filhos por homicídio


Júnia Calixto foi atingida com mais de sete tiros no dia 20 de agosto do ano passado. De acordo com o MP, a mulher foi morta porque ignorou a ordem de não vender drogas próximo à biqueira mantida por Kalyson Signorini de Angelo e Roberto Antônio Brito de Souza. VÍDEO: criminoso baleou jovem na frente dos filhos em Rio Preto
O Ministério Público denunciou os envolvidos na morte da jovem de 26 anos alvejada por mais de sete tiros na frente dos filhos de dois e quatro anos no bairro João Paulo II, em São José do Rio Preto (SP). O crime ocorreu no dia 20 de agosto do ano passado.
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O promotor Evandro Ornelas Leal denunciou Kalyson Signorini de Angelo e Roberto Antônio Brito de Souza por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a execução de outro crime, além de corrupção de menor e associação para tráfico de drogas.
Criminoso baleou jovem na frente dos filhos em Rio Preto (SP)
Reprodução/Câmera de segurança
Um vídeo registrado por câmera de segurança mostra o momento em que Roberto persegue a jovem e dispara contra Júnia Calixto. Assim que o revólver é descarregado, o acusado o recarrega e volta a atirar (assista ao vídeo acima).
A mulher grita, enquanto os filhos saem correndo, assustados. Quando Júnia cai no chão, o criminoso continua disparando, até que ela perca a consciência. Depois, ele foge. Na ocasião, ele obrigou a mulher a colocar no chão o filho que estava no colo para cometer o crime.
Júnia Calixto morreu baleada por um criminoso em Rio Preto (SP)
Reprodução/Facebook
De acordo com o MP, a mulher foi morta porque ignorou a ordem de não vender drogas próximo à biqueira mantida por Kalyson e Roberto. Ainda havia a suspeita de que a vítima passava informações à polícia. Kalyson, então, mandou Roberto matar a mulher.
“Objetivou-se com a morte de Junia também assegurar a execução e vantagem do tráfico de drogas, pois Junia sendo informante de policiais, a atuação policial poderia impedir ou dificultar o tráfico de drogas por Kalyson e Roberto”, escreveu o promotor.
José Guilherme Louzano Junior, de 20 anos, terceiro envolvido no homicídio de Júnia, morreu ao reagir à abordagem da polícia. Ele foi baleado pelo menos nove vezes durante uma troca de tiros. A namorada dele presenciou o ocorrido.
José Guilherme Louzano Junior morreu na troca de tiros com os policiais em Rio Preto (SP)
Reprodução/Facebook
Quando foram identificados pelos investigadores, Kalyson e Roberto já estavam presos preventivamente por outros crimes, inclusive homicídios, e foram levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP).
Todos os envolvidos têm antecedentes criminais e são conhecidos pela participação na chamada “guerra de bairros” em Rio Preto.
‘Teatro’, diz polícia
Durante a investigação, os policiais constataram que os três suspeitos de envolvimento no homicídio coagiram um adolescente de 14 anos a assumir o assassinato para permanecerem impunes. Em troca, eles dariam uma arma, uma motocicleta e uma quantia em dinheiro.
Por isso, entregaram a ele o revólver utilizado no assassinato de Júnia. Contudo, as investigações apontaram que ele não tinha envolvimento no homicídio.
Ao contrário, em entrevista à TV TEM, o delegado responsável pela investigação, André Amorim, disse que a execução da jovem teve “teatro” armado, porque o menor foi levado para um local afastado, onde tentaram modificar provas.
Mesmo assim, o adolescente foi apreendido e levado para a Fundação Casa, suspeito de tentar encobrir o trio e por porte ilegal de arma de fogo. Ele já cumpriu a medida socioeducativa.
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