Seca histórica e calor extremo desafiam a Região Norte e ameaçam 2025

A seca severa de 2024 afetou cinco dos sete estados da região Norte, causando desequilíbrio hidrológico e baixando drasticamente os níveis dos rios no Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Especialistas apontam que esse cenário resulta de uma combinação de fatores globais e locais. O aquecimento global é um dos principais responsáveis, mas o desmatamento e as mudanças no uso do solo agravam ainda mais a situação na Amazônia.

O calor prolongado teve impactos diretos na saúde da população, aumentando os casos de desidratação e doenças respiratórias. Na agricultura, a estiagem provocou perdas significativas nas plantações, afetando a economia de inúmeras famílias.

“O aumento do CO₂ na atmosfera faz com retem mais energia. Essa maior energia no ar significa secas mais fortes e chuvas mais fortes. Resultado: inundações e secas prolongadas”, alerta o especialista, entrevistado pela TV Norte Acre.

O Acre, por sua vez, registrou um dos anos mais quentes da história, com 121 dias consecutivos de calor extremo em alguns municípios.

2025 pode ser ainda pior

Pesquisas indicam que 2025 pode superar 2024 em termos de temperaturas elevadas e fenômenos climáticos extremos. Segundo especialistas, o país está enfrentando um processo de empobrecimento silencioso, pois os custos das secas e inundações não são totalmente quantificados.

A Defesa Civil costuma calcular os danos apenas durante os desastres, mas especialistas defendem que é essencial analisar os custos antes e depois das tragédias.

“Quanto custou a inundação de 2024 aqui em Rio Branco? Quanto custou em 2023? Quanto custou a seca de 2024 e 2023? Esses são custos que estão afetando a sociedade, e não são só custos econômicos, também são psicológicos… Então precisamos aprender a lidar com essas coisas e pensar como lidar com esses impactos”, reforça.

De acordo com o especialista, é fundamental preparar o estado para as ondas de calor, bem como todas as consequências do aquecimento global, tanto na área urbana, como na área rural.

Como minimizar os impactos?

Para mitigar os efeitos do calor extremo e das mudanças climáticas, especialistas sugerem a adoção de medidas como reflorestamento, urbanização adaptada e fortalecimento da Defesa Civil.

Embora os alertas meteorológicos sejam úteis para ações de curto prazo, é fundamental reestruturar a resposta aos desastres, priorizando a prevenção e a preparação.

A Defesa Civil precisa deixar de ser apenas um órgão de resposta emergencial e atuar na prevenção dos impactos ambientais. Além disso, a população também pode contribuir adotando hábitos sustentáveis no dia a dia e cobrando políticas públicas eficazes” concluem os especialistas.

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