Cronologia do crime: câmeras mostram momentos antes e depois da morte jovem assassinado a facadas por amigos


Jovem Marcos Antônio Rocha Costa foi morto a facadas em área de mata em Paraíso do Tocantins. Imagens ajudaram polícia a localizar suspeitos. Câmeras de segurança filmaram vítima momentos antes de ser assassinada
Vídeos de câmeras de segurança ajudaram a Polícia Civil a identificar os suspeitos de assassinar Marcos Antônio Rocha Costa, de 28 anos. As imagens mostram momentos antes e depois do crime. O jovem aparece na companhia dos investigados que ele considerava como amigos, segundo a polícia.
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Marcos Antônio, conhecido como “Roy”, desapareceu no dia 23 de janeiro em Paraíso do Tocantins. A família chegou a registrar boletim de ocorrência para tentar localizá-lo, no dia 24. Na época, a mulher de Marcos contou ao g1 que recebeu uma ligação anônima informando que ele estaria morto.
Imagem mostra vítima andando com amigos antes de ser morta
Reprodução/SSP-TO/Divulgação
“Ele foi visto na quinta-feira (23) por diversos lugares andando dentro do carro. Muita gente conversou e cumprimentou. Ele também chegou a ir à casa da família no mesmo dia. E por volta das 11h45 [de sexta-feira] recebi uma ligação anônima dizendo que ele estava morto”, disse Esther Virgínia de Sousa, de 29 anos.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), imagens de câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais e de ruas mostram os locais que Marcos Antônio e os amigos passaram na madrugada do dia 24 de janeiro.
Veja a cronologia:
2h52: Marcos chega acompanhado com dois suspeitos em um estabelecimento comercial onde acontecia uma festa.
3h21: Câmeras de segurança registram Marcos Antônio saindo do local, acompanhado de dois homens, e cumprimentando outras pessoas.
6h39: Segundo a polícia, os autores convenceram Marcos a acompanhá-los para comprar mais bebidas utilizando o cartão de uma mulher.
A polícia afirma que alguns minutos depois, um Gol preto que seria de uma suspeita foi visto entrando na estrada de um clube antigo da cidade.
6h46: Sete minutos depois, os suspeitos saíram do local, supostamente abandonando o corpo.
7h58: O carro foi visto entrando em uma casa em Paraíso.
8h5: O carro saiu da casa.
Marcos Antônio estava desaparecido e foi encontrado morto com marcas de facadas em Paraíso
Arquivo Pessoal
O delegado Antônio Onofre, disse ainda que após o assassinado de Marcos, os envolvidos foram para uma residência com as bebidas alcoólicas e cigarros que a vítima havia comprado, com o cartão.
“Após cometerem o homicídio, Atribulado e Solução retornaram à casa de Sílvia, com a cerveja e cigarro que Roy [Marcos] havia comprado e continuaram bebendo, como se nada tivesse acontecido. Em um ato de total desprezo pela vida, chegaram a enganar a namorada da vítima, alegando que Roy tinha entrado em um outro carro com outros amigos”, ressaltou o delegado.
Quem são os suspeitos
Segundo a polícia, os presos são uma mulher de 23 anos conhecida como Sílvia e um homem de 24 anos chamado de Atribulado. Eles não tiveram os nomes verdadeiros divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) apontou a participação de pelo menos mais uma pessoa, que está foragida. Este terceiro investigado é chamado de ‘Solução’ e tem 26 anos, mas o nome dele também não foi informado.
Segundo a SSP, Marcos não teve qualquer chance de defesa e foi atacado com seis golpes de faca, sendo três nos braços e três nas costas. Além de ser brutalmente agredido com pancadas na região da cabeça.
“O corpo foi abandonado como se fosse um objeto descartável”, completou o delegado.
Tentativa de ocultação do crime e fuga
Horas depois do crime, um vídeo com imagens do corpo de Marcos foi enviado para mulher que era companheira dele, antes do corpo ser encontrado.
De acordo com a SSP, no local do crime, os policiais localizaram uma faca supostamente usada no assassinato. Após o homicídio, Sílvia tentou se livrar do veículo, escondendo-o, para ocultar as provas e fugiu da cidade no mesmo dia.
“A brutalidade e a frieza demonstradas pelos envolvidos tornam o crime ainda mais hediondo. O assassinato foi premeditado e executado sem qualquer remorso. A vítima confiava em seus algozes, os quais não hesitaram em atraí-la de forma cruel e covarde”, afirmou o delegado.
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