Justiça solta PMs suspeitos de simular confrontos para execuções em Boa Vista

A Justiça de Roraima autorizou, na última quarta-feira (12), a liberdade a PMs réus que foram presos por simular confrontos para realizar execuções em Boa Vista. Os três foram presos em abril de 2024.

A primeira fase da operação Janus prendeu os suspeitos Arnaldo Cinsinho Silva Melville, que ocupa a posição de sargento, e os soldados André Galúcio Souza e Lucas Alexandre Rufino Araruna.

Como os PMs realizavam as execuções

De acordo com as investigações da Polícia Civil de Roraima (PC-RR), os policiais entravam nas residências sem ordem judicial e sem acionamento para ocorrência.

Após assassinar as vítimas, os suspeitos retiravam as cápsulas dos corpos e do local do crime e a encaminhavam para o hospital. Além disso, a investigação afirma que, por manusearem os corpos sem cuidado, os pacientes já chegavam mortos.

A PC-RR suspeita que os réus alteravam os locais dos crimes para dificultar o trabalho da perícia.

PMs deverão cumprir medidas cautelares

Os suspeitos responderão por homicídio qualificado e abuso de autoridade. Além disso, eles serão submetidos a júri popular.

Segundo o juiz que concedeu a liberdade, os réus “possuem bons antecedentes criminais, residência fixa e trabalho lícito”.

Apesar da liberdade, os três policiais terão que cumprir medidas cautelares. Entre elas, monitoramento eletrônico, proibição de sair do estado de Roraima, suspensão do porte de arma funcional, proibição de frequentar locais relacionados à vítima ou testemunhas.

Além disso, eles estão proibidos de realizar atividades policiais e deverão informar o endereço e contato telefônico a Justiça todo mês.

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PMs são suspeitos de matar jovem de 18 anos

Em abril de 2024, a operação Janus apreendeu dois policiais militares suspeitos de assassinar jovem de 18 anos em Boa Vista.

Os agentes cumpriram cinco dos seis mandados expedidos pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Boa Vista contra policiais militares suspeitos de envolvimento na morte de Pedro Henrique Reis de Moura, de 18 anos, ocorrida em dezembro do ano passado.

O delegado João Evangelista, da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), afirmou que as ordens judiciais foram autorizadas após parecer favorável do Ministério Público.

Assim, os investigadores também realizaram buscas nas residências de três policiais militares suspeitos de participação no crime.

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