Google, Meta, Tiktok e outras big techs faltam em evento do governo

A decisão da Meta de encerrar seu programa de verificação de fatos motivou a convocação de uma audiência pública realizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) para tratar do tema. O encontro aconteceu no dia 22 de janeiro, mas nenhuma das big techs compareceu, segundo apuração do UOL.

Além da empresa dona do WhatsApp, Facebook e Instagram, haviam sido convidadas outras gigantes do setor, como Alphabet (responsável pelo Google e Youtube), TikTok, Kwai, Discord e X (antigo Twitter). Apenas o LinkedIn, da Microsoft, enviou posicionamentos escritos.

Decisão das big techs pode ter consequências

  • A Advocacia-Geral da União esperava a participação das companhias.
  • O comportamento das empresas não foi bem recebido internamente pelo governo e pode afetar a nova regulação em que o governo Lula está trabalhando.
  • Durante o encontro, a AGU reuniu informações para abastecer a recomendação feita Supremo Tribunal Federal (STF), que julga se plataformas digitais são responsáveis pelos conteúdos de usuários.
  • Procuradas, Alphabet, Meta, Discor, Kway e TikTok não explicaram por que não foram à audiência.
Cadeado em cima de um smartphone
Governo afirma que novas regras deixarão ambiente virtual mais seguro (Imagem: Primakov/Shutterstock)

Leia mais

  • Maioria dos brasileiros apoia regulação das redes sociais
  • O que é a regulamentação das redes sociais?
  • Moderação da Meta não agrada AGU, que pede agilidade ao STF

Preocupação com as mudanças na Meta

A convocação da audiência pública aconteceu após manifestações de “grave preocupação” feitas por autoridades brasileiras sobre as mudanças na Meta. A empresa de Mark Zuckerberg destacou que a decisão de encerrar o Programa de Verificação de Fatos será aplicada, por enquanto, apenas nos Estados Unidos.

A rede social ainda fará modificações na Política de Conduta de Ódio, mas prometeu continuar removendo do ar conteúdos que incitem violência ou tenham “ameaças plausíveis à segurança pública ou pessoal”. Apesar disso, observou que as mudanças têm como objetivo “diminuir o exagero na aplicação das políticas” de moderação.

Mudanças nas redes sociais da Meta serão aplicadas, por enquanto, apenas nos EUA (Imagem: Ink Drop/Shutterstock)

Em resposta, a AGU afirmou que as medidas podem representar riscos à proteção dos direitos fundamentais no país. Segundo a entidade, “os atuais termos de uso das plataformas, assim como as mudanças informadas agora pela Meta, não estão adequadas à legislação brasileira e não são suficientes para proteção dos direitos fundamentais da cidadania”.

O post Google, Meta, Tiktok e outras big techs faltam em evento do governo apareceu primeiro em Olhar Digital.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.