MOJU – Empresa de internet não pagou taxa do crime e tem carro incendiado

Um carro pertencente a uma empresa de internet foi incendiado de forma criminosa na travessa Soledade, no bairro Aviação, na área urbana de Moju, nordeste do Pará. De acordo com a Polícia Militar, dois homens em uma motocicleta abordaram o veículo e atearam fogo nele.

Não houve registro de feridos, mas o caso reacende o alerta sobre a atuação de facções criminosas na região, que têm cobrado a chamada “taxa do crime” de comerciantes e empresas.

Segundo informações do portal Moju News, o condutor do carro havia estacionado em frente a um mercado quando foi surpreendido pelos suspeitos. Um dos homens, armado com uma pistola, manteve o motorista sob ameaça, enquanto o outro jogou gasolina no veículo e provocou o incêndio. Após o ato, os criminosos fugiram do local.

A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, constatou o veículo em chamas. O motorista foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos. Até o momento, ninguém foi preso em conexão com o caso.

Esse incidente pode ser mais um exemplo das represálias promovidas por facções criminosas que atuam no Pará, especialmente contra empresas e comerciantes que se recusam a pagar a “taxa do crime”. A prática, que já se espalhou por várias regiões do estado, consiste na cobrança de valores sob ameaça de violência. Quem não aceita as exigências do crime organizado acaba sofrendo ataques como incêndios, depredações e até ameaças à integridade física.

Outros casos

O caso ocorrido em Moju se soma a uma série de episódios semelhantes registrados em diferentes municípios do Pará. Recentemente, em Ananindeua, outro carro de uma empresa de internet foi incendiado de forma criminosa, e um suspeito envolvido no caso foi morto em confronto com a Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) no bairro do Paar. Além disso, um incêndio criminoso na região da Condor, em Belém, destruiu duas casas e causou sérios danos a outras duas, reforçando o padrão de violência associado ao crime organizado.

A Polícia Civil já identificou um suspeito no caso da Condor, mas, em relação ao ocorrido em Moju, as investigações ainda estão em andamento. Autoridades locais têm reforçado a necessidade de medidas mais efetivas para combater a atuação das facções, que vêm ampliando sua influência e gerando um clima de insegurança na população.

Enquanto isso, comerciantes e empresários seguem apreensivos, temendo ser alvos de novas represálias. O caso do carro incendiado em Moju serve como um alerta para a escalada da violência e a urgência de ações coordenadas entre as forças de segurança e a sociedade civil para frear o avanço do crime organizado no estado.

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