Moradores fazem protesto e cobram solução para caso dos jovens mortos durante ação da PM, em João Pessoa


Secretário de Segurança diz que inquérito policial será instaurado para investigar como a morte dos cinco jovens durante o confronto com a Polícia aconteceu. Moradores derrubaram e colocaram fogo em caçambas de lixo durante protesto
TV Cabo Branco/Reprodução
Um protesto cobrando a solução do caso dos cinco jovens que morreram durante uma ação da Polícia Militar começou no final da manhã desta segunda-feira (17), na comunidade Vista Alegre, em João Pessoa.
De acordo com o coronel Ferreira, responsável pela base da Polícia Militar no local, o protesto teve início quando os moradores derrubaram e colocaram fogo em caçambas de lixo para bloquear a via que é usada para a circulação das viaturas da polícia.
Segundo o coronel, após reforços serem solicitados para conter o protesto, os manifestantes começaram a atirar pedras contra os policiais. Em retaliação, a polícia atirou usando balas de borracha para tentar afastar a população. Até a última atualização desta notícia, a ação continua no local.
De acordo com o secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Jean Nunes, um inquérito policial será instaurado para investigar a fundo como a morte dos cinco jovens durante o confronto com a Polícia aconteceu.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Militar, cinco jovens se reuniram na noite deste sábado (15), no município do Conde, para vingar a morte da mãe de um deles, que foi vítima de um feminicídio. Durante a ação, o grupo acabou interceptado por policiais em viaturas do 5º Batalhão.
A PM alega que os homens estavam em dois carros e desobedeceram a ordem de parada das viaturas. Houve tiros e os cinco homens foram mortos.
Entre as vítimas mortas, um seria uma liderança criminosa da comunidade Vista Alegre, outro usava tornozeleira eletrônica e outro seria o filho da vítima de feminicídio. Não foram passadas informações sobre os outros dois.
O grupo estaria armado com espingarda, pistola e revólver, armas que foram apreendidas.
O suspeito de cometer o feminicídio é Gilmar Eloy Dionizio, que teria matado a amiga da ex-esposa por acreditar que ela teria incentivado sua ex a ir até delegacia conseguir uma medida protetiva contra ele.
Gilmar, segundo a Polícia Militar, seria o alvo do ataque do grupo que mais tarde foi interceptado pelos policiais.
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