A NASA aumentou oficialmente as chances de asteroide atingir a Terra daqui a 7 anos

A NASA aumentou oficialmente as chances de asteroide atingir a Terra daqui a 7 anos

A NASA anunciou que as chances de um asteroide com potencial para destruir uma cidade atingir a Terra em 2032 aumentaram nas últimas semanas. Batizado de 2024 YR4, o objeto espacial tem previsão de aproximação máxima para 22 de dezembro de 2032, e os cientistas estão monitorando sua trajetória com atenção redobrada. Com tamanho comparável ao da Estátua da Liberdade (cerca de 93 metros de altura), o asteroide poderia causar danos significativos se colidisse com o planeta.

Segundo David Rankin, engenheiro de operações do Catalina Sky Survey da Universidade do Arizona, a possível zona de impacto inclui regiões extensas: desde o norte da América do Sul, passando pelo Oceano Pacífico, até o sul da Ásia, o Mar Arábico e partes da África. Países como Índia, Paquistão, Bangladesh, Etiópia, Sudão, Nigéria, Venezuela, Colômbia e Equador estão entre as áreas de risco. Apesar da abrangência, é importante ressaltar que a probabilidade de colisão direta ainda é considerada baixa, embora não seja desprezível.

No início de junho, a NASA elevou as chances de impacto de 1,2% para 2,3%. Agora, a agência espacial ajustou novamente a estimativa para 3,1%. Para contextualizar, o 2024 YR4 ocupa atualmente o nível 3 na Escala de Torino, sistema que mede tanto a probabilidade de colisão quanto o potencial de destruição. A escala vai de 0 (risco nulo) a 10 (impacto global catastrófico, como o que extinguiu os dinossauros). O nível 3 indica um objeto que merece atenção, mas sem motivo para alarme generalizado.

Curiosamente, há ainda uma pequena probabilidade de 0,3% de o asteroide colidir com a Lua. Caso isso ocorra, os efeitos na Terra seriam mínimos. Rankin explica que, embora o impacto lunar pudesse ejetar fragmentos de rocha em direção ao nosso planeta, esses pedaços queimariam na atmosfera antes de causar qualquer dano. Gareth Collins, pesquisador do Imperial College London, reforça: “Estaríamos seguros. Alguns fragmentos poderiam chegar aqui, mas seriam totalmente inofensivos”.

A NASA atualizou a possibilidade do asteroide atingir a Terra

A NASA atualizou a possibilidade do asteroide atingir a Terra

Enquanto isso, cientistas seguem estudando formas de desviar asteroides potencialmente perigosos. A missão DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), da NASA, é um exemplo. Em 2022, a sonda colidiu com o asteroide Dimorphos para testar a eficácia de uma técnica chamada “impacto cinético”, que busca alterar a trajetória de objetos espaciais. Os dados coletados estão ajudando a refinar estratégias de defesa planetária, essenciais para eventos como o possível encontro com o 2024 YR4.

O monitoramento contínuo é fundamental. A cada nova observação, os cálculos são ajustados, e a trajetória do asteroide ganha mais precisão. Até 2032, a comunidade científica terá múltiplas oportunidades para analisar o movimento do 2024 YR4, especialmente quando ele se aproximar da Terra em voos anteriores, previstos para 2026 e 2029. Essas passagens devem oferecer dados cruciais para confirmar ou descartar riscos.

Por enquanto, não há motivo para pânico. A probabilidade de impacto permanece baixa, e a tecnologia atual já permite antever cenários com anos de antecedência. A história recente mostra que a maioria dos asteroides inicialmente classificados como ameaças acaba sendo rebaixada após análises mais detalhadas. Mesmo assim, o caso do 2024 YR4 reforça a importância de investir em projetos de monitoramento e defesa espacial — afinal, quando o assunto é o cosmos, prevenir é sempre a melhor estratégia.

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