Oposição do governo apresenta manifesto contra denúncia de Bolsonaro: ‘peça de ficção’

Os parlamentares da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados de Jair Bolsonaro (PL) apresentaram, nesta quarta-feira (19), um manifesto “em defesa da democracia e da liberdade”.

Os parlamentares realizaram uma coletiva e contestaram a validade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente.

“As recentes decisões do STF nos fazem questionar: teremos possibilidade de defesa para o presidente Bolsonaro? Ou ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão? É sempre bom lembrar que Bolsonaro será julgado por aqueles que se vangloriam de ter derrotado o bolsonarismo”, disse o líder da oposição na Câmara, deputado Coronel Zucco (PL-RS), ao ler o manifesto.

Segundo o deputado, a denúncia é uma “peça de ficção”, baseada em “delações e presunções”.

O deputado ainda destacou que os advogados dos indiciados não tiveram acesso aos autos do processo e conseguiram acessar a delação de Mauro Cid apenas nesta quarta (19).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tirou o sigilo dos depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à Polícia Federal sobre o plano golpista.

Durante a leitura do manifesto, os congressistas exibiram cartazes sobre “perseguição política” e pedindo a anistia de condenados por participar dos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.

Denúncia PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo plano golpista para evitar a posse de Lula em 2022.

A PGR enviou ao STF denúncia contra 34 pessoas por atos contra o Estado Democrático.

Agora, o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, dará o prazo de 15 dias para os advogados apresentarem defesa e eventuais contestações.

Os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado foram incorporados ao Código Penal pela lei de crimes contra a democracia.

A acusação pode complicar a situação do ex-presidente que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na primeira fala sobre a denúncia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o ex-presidente e os outros 35 investigados tenham direito à presunção de inocência.

*Com informações da CNN

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