Mistral lança IA focada em linguagem e cultura árabe

O crescimento da inteligência artificial (IA) não é novidade para ninguém. Apesar disso, ainda existe uma barreira que segura um pouco seu desenvolvimento: a geocultural.

Para solucionar parte deste problema, a startup francesa Mistral lançou nova IA focada em pessoas que falam árabe. A iniciativa visa rivalizar com as IAs estadunidenses e oferecer nova opção mais bem-adaptada a grande parte dos usuários do mundo.

A Saba, como foi nomeada, pretende atender a este grupo demográfico específico, bem como focar em destacar interações em árabe, conforme o TechCrunch.

Mistral Saba é IA “pequena”

• A nova IA da Mistral é relativamente pequena quando comparada aos maiores modelos do mercado;
• Contando com “apenas” 24 bilhões de parâmetros, os números da inteligência artificial da startup parecem irrisórios quando colocados frente aos 1,8 trilhões do ChatGPT, da OpenAI;
• A quantidade baixa de parâmetros não é de todo ruim; menos deles geralmente significam mais desempenho e menos tempo de resposta. Por outro lado, as respostas fornecidas por IAs menores costumam ser “menos inteligentes” e menos precisas;
• O Saba é comparável em tamanho ao Mistral Small 3, modelo mais recente de IA da startup, tendo menos tamanho propositalmente;
• No entanto, conforme os próprios testes da Mistral, a nova tecnologia tem desempenho muito superior à anterior ao lidar com conteúdo em árabe.

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Objetivo da startup

Como efeito colateral interessante, dada a polinização cultural entre o Oriente Médio e o sul da Ásia, o Saba também funciona bem com idiomas de origem indiana, segundo a Mistral — especialmente com línguas do sul da Índia, como tâmil e malaiala.

Devido à instabilidade do cenário geopolítico, a Mistral pode, potencialmente, receber investidores do Oriente Médio em sua próxima rodada de financiamento.

Isso permitiria à empresa arrecadar mais capital para se manter relevante na corrida da IA, ao mesmo tempo em que se posiciona como alternativa internacional às empresas de inteligência artificial de EUA e China. Assim, o novo modelo da Mistral poderia contribuir para esse esforço de captação de recursos.

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