Trump chama de “ridícula” condenação da Apple na Europa

O presidente Donald Trump chamou de “ridícula” a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia de condenar a Apple por impostos atrasados na Irlanda. A fala ocorreu nesta quinta-feira (27) em uma coletiva de imprensa após um encontro bilateral na Casa Branca com o premiê britânico Keir Starmer.

“Eu tive problemas com a União Europeia. Nós temos um bom relacionamento, mas temos problemas com as tarifas. Eles fizeram isso em forma do imposto IVA, que é cerca de 20%, e outros vários impostos. Eles processaram a Apple e a gente achou que foi uma decisão ridícula. Nós não estamos gostando da maneira como eles estão tratando nossas empresas”, disse o republicano.

Em setembro do ano passado, a big tech foi condenada a pagar € 13 bilhões após celebrar um acordo fiscal ilícito, obtendo vantagens indevidas entre 1991 e 2014. A decisão da mais alta instância no bloco foi tomada mesmo após a Comissão Europeia ter anulado o processo por falta de provas no caso, em 2020.

Trump participou de coletiva ao lado do premiê britânico (Imagem: White House/Reprodução)

Na mesma época, o Google também foi condenado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia por abuso do domínio de mercado de seu serviço de comparação de compras. A multa foi estipulada em € 2,4 bilhões e colocou fim a um processo iniciado em 2009 por um escritório britânico, quando o Reino Unido ainda fazia parte do bloco.

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Logo da Apple na fachada de uma loja da empresa
Apple foi condenada por obter vantagens indevidas na Irlanda (Imagem: rukawajung/Shutterstock)

Trump x Europa

Na última quarta-feira (26), Trump anunciou que o governo dos EUA vai impor tarifas gerais de 25% sobre produtos europeus, pois, segundo ele, o bloco “não aceita carros nem produtos agrícolas americanos”.

“A UE foi criada para ferrar com os Estados Unidos. Esse era o objetivo, e eles conseguiram. Mas agora eu sou o presidente. Só precisamos parar de comprar qualquer coisa deles, e se isso acontecer, vencemos”, afirmou.

Logo após a declaração, uma porta-voz da Comissão Europeia garantiu que a UE vai reagir “com firmeza e de imediato” e que “protegerá sempre as empresas, os trabalhadores e os consumidores europeus contra tarifas injustificadas”.

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