Órfã e assustada, bebê onça preta é resgatada em Novo Progresso

Enquanto a violência humana apaga vidas, outro lado da realidade amazônica revela esforços para salvar seres que não podem se defender. Animais atropelados, abandonados ou feridos são resgatados por moradores e entregues a ONGs e órgãos de defesa ambiental para tratamento.

Na semana passada, moradores de Novo Progresso resgataram um filhote de onça preta, encontrado sozinho e assustado em uma área de mata. O animal foi levado até uma fazenda na comunidade Alvorada da Amazônia, na zona rural do município.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, segundo narra o jornal Folha do Progresso, foi acionada e entrou em contato com os envolvidos para garantir que o filhote tivesse o destino adequado.

Segundo informações, um casal de pescadores desconhecidos abordou o caseiro de uma fazenda às margens do rio Jamanxim e pediu que ele cuidasse do filhote, prometendo retornar para buscá-lo. O funcionário, no entanto, comunicou o dono da propriedade, que imediatamente acionou o Instituto Onça Pintada.

O instituto providenciou a autorização do Ibama para o transporte do animal até sua sede, onde passaria pelos devidos cuidados. Especialistas informaram que se trata de uma fêmea de aproximadamente três meses, já incluída em protocolo de tratamento para filhotes.

As chamadas panteras negras, como são popularmente conhecidas, na verdade são onças-pintadas que possuem uma mutação genética chamada melanismo, que lhes confere a coloração escura.

Enquanto a floresta testemunha crimes silenciosos e vidas humanas apagadas sem registro, também se torna palco de ações que tentam preservar espécies ameaçadas. Entre a morte e a vida, a Amazônia segue seu curso, com histórias que ora desaparecem na poeira das estradas, ora ressurgem no olhar de um animal resgatado do abandono.

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