Companhias aéreas alertam por que você deve evitar uma mala preta a todo custo

Viajar é uma das experiências mais emocionantes, mas também pode trazer momentos de estresse — principalmente na hora de recuperar a bagagem no aeroporto. Imagine a cena: depois de um longo voo, você está ao lado da esteira de desembarque, ansioso para pegar sua mala e começar a aventura. Os minutos passam, as malas circulam, e aquela ansiedade aumenta. Agora, pense: quantas delas são pretas, iguais à sua?

Segundo dados da BBC de 2022, mais de 26 milhões de malas foram extraviadas, danificadas ou atrasadas em voos no Reino Unido apenas naquele ano. Um dos motivos mais comuns para o desaparecimento das bagagens é a confusão na identificação. E as malas pretas são as grandes vilãs dessa história. Por serem extremamente populares, é quase impossível distinguir uma da outra sem olhar de perto. Até mesmo quem viaja frequentemente pode ter dificuldade em reconhecer sua própria bagagem em meio a dezenas de modelos similares.

A Ryanair, maior companhia aérea da Europa, já alertou publicamente sobre o risco de usar malas escuras. A empresa recomenda que os passageiros evitem cores como preto, azul-marinho ou cinza e, se possível, optem por modelos mais vibrantes. Para quem já possui uma mala preta, a sugestão é adicionar algo chamativo, como uma etiqueta colorida ou uma fita no cabo. A ideia é simples: facilitar a identificação e reduzir o risco de alguém pegar a bagagem errada — ou até mesmo de você mesmo confundir sua mala com outra.

Stefan Schulte, diretor do Aeroporto de Frankfurt, reforça o alerta. Ele explica que malas escuras são “difíceis de distinguir umas das outras”, especialmente em esteiras lotadas. A praticidade de uma mala discreta pode se transformar em uma dor de cabeça se ela se perder no meio de centenas de cópias quase idênticas.

Se for cinza, azul-marinho ou preto, você terá dificuldade para achar sua mala

Mas será que a solução da fita colorida é realmente segura? Um funcionário de handling de bagagens do Aeroporto de Dublin, chamado John, revelou um detalhe importante: fitas amarradas nas alças podem atrapalhar o processo de escaneamento automatizado. Se o sistema não consegue ler a etiqueta de identificação por causa de enfeites ou adesivos antigos, a mala é direcionada para uma verificação manual. Isso aumenta o risco de atrasos e até de a bagagem não embarcar no voo. A dica de John é clara: remova etiquetas antigas e evite qualquer objeto que possa interferir no funcionamento dos equipamentos.

Diante dessas informações, a solução mais eficaz parece ser investir em uma mala de cores vivas, como rosa, verde-limão ou azul-turquesa. Cores menos comuns tornam a bagagem única e facilitam a identificação rapidamente. Outra alternativa é personalizar a mala com adesivos grandes e resistentes, fixados em áreas que não cubram números de série ou códigos de barras.

E se você não quiser abrir mão da mala preta, existem opções modernas de identificação. Tags eletrônicas, como as da Apple AirTag ou Samsung SmartTag, permitem rastrear a localização da bagagem em tempo real pelo celular. Além disso, etiquetas de silicone coloridas e personalizadas são uma opção segura, pois não interferem no escaneamento e destacam a mala na esteira.

No fim das contas, a escolha é sua. Mas, considerando os números de extravios e os relatos de quem trabalha nos aeroportos, talvez valha a pena dar uma chance às cores. Afinal, ninguém quer começar as férias procurando uma mala preta em um mar de malas pretas.

Esse Companhias aéreas alertam por que você deve evitar uma mala preta a todo custo foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.