Ex-piloto compartilha a verdade honesta sobre o motivo de tantos acidentes de avião acontecendo no momento

Ex-piloto compartilha a verdade honesta sobre o motivo de tantos acidentes de avião acontecendo no momento

Nos últimos meses, uma série de acidentes aéreos tem gerado preocupação entre passageiros e levantado debates sobre a segurança da aviação. Apesar de especialistas reiterarem que voar continua sendo um dos meios de transporte mais seguros, os incidentes recentes acenderam um sinal de alerta.

Para entender o que está por trás desse cenário, conversamos com Shawn Pruchnicki, ex-piloto comercial, investigador de acidentes e especialista em segurança aérea, que compartilhou análises detalhadas sobre os riscos e desafios atuais.

Um ano turbulento nos céus

De acordo com dados do National Transportation and Safety Board (NTSB), agência norte-americana responsável por investigações de transporte, 2024 registrou 119 acidentes aéreos até o momento, sendo 16 fatais. Os números por si só não são incomuns, considerando a quantidade de voos diários no mundo, mas a concentração de tragédias em poucas semanas chamou a atenção.

No dia 29 de janeiro, um jato da American Airlines colidiu no ar com um helicóptero do exército dos EUA próximo a Washington, D.C., matando todas as 67 pessoas a bordo das duas aeronaves. Dois dias depois, em 31 de janeiro, um avião médico caiu em uma área residencial da Filadélfia, explodindo em chamas.

Além das seis pessoas da tripulação, um pedestre morreu no local. Em 6 de fevereiro, um avião charter com dez ocupantes se chocou contra o solo no Alasca, seguido por outro incidente em 17 de fevereiro: o voo 4819 da Delta, que havia partido de Minneapolis, capotou durante o pouso em Toronto. Felizmente, as 76 pessoas a bordo sobreviveram, mas o susto aumentou a ansiedade de passageiros ao redor do mundo.

O aviso dos especialistas

Shawn Pruchnicki, que além de piloto atuou como farmacêutico, bombeiro e paramédico, tem décadas de experiência em investigação de acidentes. Ele afirma que os profissionais da aviação já previam esse aumento de incidentes. “Como investigador e ex-piloto, vi o ‘colchão de segurança’ construído ao longo de décadas sendo corroído nos últimos anos”, explica. Para ele, a combinação de fatores como falta de controladores de voo, estresse na equipe e pilotos com menos experiência está criando um cenário perigoso.

Um dos pontos críticos é a escassez de controladores de tráfego aéreo. “Eles estão sobrecarregados e sob pressão constante. Sabem que um erro pode custar vidas”, afirma Pruchnicki. Em 2023, o NTSB já havia alertado sobre a falta de profissionais qualificados nos EUA, problema que impacta a coordenação de voos. Além disso, companhias aéreas regionais estão contratando pilotos com menos horas de voo. “Antes, um primeiro oficial precisava de milhares de horas de experiência. Hoje, alguns chegam aos aviões comerciais com apenas 500 horas”, complementa.

Os passageiros e a tripulação sobreviveram apesar do voo 4819 da Delta ter capotado na pista

Os passageiros e a tripulação sobreviveram apesar do voo 4819 da Delta ter capotado na pista

Tecnologia como aliada, não substituta

Pruchnicki defende que a solução não está em substituir humanos por sistemas automatizados, mas em usar a tecnologia para apoiar as equipes. Ele cita exemplos como softwares que ajudam controladores a prever rotas de colisão ou alertas em tempo real para pilotos. “Precisamos investir em ferramentas que auxiliem, não que substituam. A tomada de decisão humana ainda é insubstituível”, ressalta.

O ex-piloto também critica a lentidão na implementação de recomendações de segurança. Após cada acidente, o NTSB emite relatórios com sugestões de melhorias, mas muitas vezes as mudanças demoram anos para sair do papel. “Se queremos evitar tragédias, precisamos agir rápido. Cada dia de atraso é um risco”, alerta.

A percepção do público

Uma pesquisa recente do instituto AP-NORC mostrou que a confiança dos norte-americanos na aviação caiu de 71% em 2023 para 64% em 2024. O dado reflete o impacto psicológico dos acidentes recentes, mesmo que estatisticamente o risco de morte em um voo comercial seja de 1 em 11 milhões, segundo levantamentos históricos.

Pruchnicki reconhece o medo, mas reforça: “O sistema ainda é seguro, porém menos robusto do que há uma década. Se não investirmos em pessoas e tecnologia, o risco aumentará”. Ele finaliza com um apelo: “Precisamos de mais controladores de voo qualificados, treinamento rigoroso para pilotos e adoção imediata das medidas propostas pelo NTSB. Só assim manteremos os céus seguros para as próximas décadas”.

Enquanto isso, passageiros ao redor do mundo seguem de olho nas notícias, esperando que a indústria aérea encontre o equilíbrio entre eficiência e segurança.

Esse Ex-piloto compartilha a verdade honesta sobre o motivo de tantos acidentes de avião acontecendo no momento foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.