Especialistas afirmam que a descrição de Jesus na Bíblia está “completamente errada” e revelam como ele realmente se parecia

Especialistas afirmam que a descrição de Jesus na Bíblia está "completamente errada" e revelam como ele realmente se parecia

Quando você pensa em Jesus Cristo, é provável que imagine um homem de pele clara, cabelos longos e lisos, barba bem cuidada e uma túnica branca. Essa representação, difundida em obras de arte e filmes, pode estar longe da realidade. Historiadores e especialistas em cultura antiga afirmam que a imagem tradicional de Jesus não condiz com a aparência de um judeu comum do século I, nascido na região que hoje corresponde à Palestina.

Aparência Física: Além dos Estereótipos

Por volta dos anos 27 a 29 d.C., Jesus era um homem judeu típico de sua época. Diferente das representações europeizadas, sua pele não era clara, mas sim morena, assim como a maioria da população local. Seus cabelos, provavelmente curtos e encaracolados, eram negros — não longos e lisos, como costumamos ver.

A barba, comum entre os homens da Judeia, era mantida curta, já que cabelos e barbas longos eram associados a votos religiosos específicos, como abstinência de vinho. Curiosamente, textos históricos mencionam que Jesus era criticado por beber vinho, indicando que ele não seguia esse tipo de voto.

É assim que a maioria de nós imagina que Jesus parecia

É assim que a maioria de nós imagina que Jesus parecia

Roupas Simples, Sem Branco

A icônica túnica branca também é um equívoco. No primeiro século, roupas brancas eram caras e difíceis de manter limpas, além de serem mais usadas por mulheres. Jesus, que vivia como pregador itinerante, vestia-se com tecidos simples e cores terrosas, como marrom ou cinza, comuns entre trabalhadores da época.

Seu visual não chamava atenção: a Bíblia relata que, durante sua captura, Judas precisou identificá-lo entre os discípulos, e Maria Madalena o confundiu com um jardineiro após a ressurreição. Isso sugere que sua aparência era indistinta da de outros homens judeus.

As Primeiras Representações Artísticas

As imagens mais antigas de Jesus, encontradas em uma igreja do século III na Síria, mostram um homem de cabelo curto, acima do pescoço, e rosto sem barba. Esses retratos refletiam mais os padrões estéticos da região na época do que uma tentativa de realismo histórico.

Foi só a partir do século IV que a figura de Jesus ganhou cabelos longos e barba, influenciada pela cultura romana. Artistas da época associaram-no a divindades como Apolo e Zeus, símbolos de poder e sabedoria, para reforçar sua imagem como uma figura celestial.

O fato de Jesus gostar de vinho provavelmente desempenhou um papel em sua aparência

O fato de Jesus gostar de vinho provavelmente desempenhou um papel em sua aparência

Físico: Nem Fraco, Nem Super-Herói

A ideia de um Jesus frágil também é questionada. Como carpinteiro (ou artesão, na tradução mais precisa do termo grego “tekton”), ele realizava trabalho manual pesado, o que exigia força física. Além disso, passava dias caminhando entre cidades sob o sol do Mediterrâneo.

Especialistas como a professora Joan Taylor, do King’s College de Londres, sugerem que ele tinha um corpo “magro e fibroso”, não necessariamente musculoso como em algumas representações modernas. A dieta simples — baseada em pão, peixe, azeite e frutas — contribuía para uma estrutura esguia.

Por que a Imagem Errada Persistiu?

A europeização de Jesus começou quando o cristianismo se espalhou pelo Império Romano. Artistas adaptaram suas feições para se alinhar aos padrões locais, facilitando a aceitação da nova religião. No Renascimento, pintores como Da Vinci e Michelangelo consolidaram a imagem de um Cristo com traços europeus, que se tornou dominante.

Apesar das evidências históricas, a representação tradicional persiste por razões culturais e religiosas. Para muitos, a figura de Jesus transcende sua humanidade, tornando-se um símbolo universal. Mas entender sua real aparência nos aproxima do homem que, há dois milênios, andou pelas colinas da Galileia pregando mensagens que ainda ecoam hoje.

Esse Especialistas afirmam que a descrição de Jesus na Bíblia está “completamente errada” e revelam como ele realmente se parecia foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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