Inclusão do MDB no Governo do Estado reforça base de apoio a Jorginho…

Carlos Chiodini se licencia da Câmara dos Deputados, em Brasília, para comandar a Agricultura e Pecuária de Santa Catarina a convite do governador /Foto: Roberto Zacarias / SECOM

O pleito de 2026 não pode e não deve ser equiparado ao de 2022, quando Jorginho Mello e Marilisa Boehem foram eleitos com chapa pura, além de Jorge Seif, ao Senado. É diante dessa constatação que as providências e novos acordos se acentuaram, desta vez, de parte do governador. E, por esta visão estratégica, as negociações evoluíram, e deram ao MDB uma fatia grande e importante na atual administração. Na eleição do próximo ano, Jorginho quer estar reforçado, pois, sabe bem que a conduta deverá ser diferente, especialmente pelo fato de que poderá ter como adversário, outro nome como mesmo viés ideológico, caso do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Em 2022, as chapas concorrentes eram antagônicas e praticamente não configuraram uma disputa capaz de ameaçar a composição pura do PL, que teve forte respaldo dos eleitores conservadores.

Em 2026

Foto: Roberto Zacarias / SECOM

O conservadorismo entre os catarinenses deverá ser manifestado novamente em 2026. Em parte, a deputada federal Julia Zanatta (PL) tem razão. Mas, ela não deve ter percebido as diferenças do que está por vir. A aliança com o MDB, tem chance ser ainda mais fortalecida. Há expectativa de que um nome do Partido possa ser indicado para compor a função de vice. Por hora, os novos empossados pelo governador e a vice, nesta quarta-feira, 5, do deputado federal Carlos Chiodini na Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, do deputado estadual Emerson Stein, no comando da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Economia Verde, e ainda Jeferson Ramos Batista, na Fesporte, caracterizam o fortalecimento de da base política para o pleito do ano que vem. Some-se ainda Jerry Comper, na Secretaria de Infraestrutura.

Jorginho tem razão

A posição do ex-presidente Jair Bolsonaro, amigo pessoal de Jorginho Mello, ao citar os nomes das deputadas Julia Zanatta e Caroline De Toni, para compor a dupla de candidatas ao Senado, obviamente repercutiu internamente, e com reações. As portas para outras alianças ao governo em Santa Catarina, dependem da configuração da majoritária, e mesmo que não seja com nomes do PL, e sim, do PP, no caso de Esperidião Amin, há o cuidado de que ele esteja alinhado com as mesmas intenções de Bolsonaro e do próprio Governador. Se uma outra vaga recair ao PSD, com a participação de João Rodrigues, caso ele seja demovido da ideia de concorrer ao Governo, a mesma base de sustentação estará consolidada, exatamente pelo viés liberal sustentado tanto por Amin, quanto por Rodrigues. Bolsonaro sabe disso. E se o PSD ficar de fora, uma das duas deputadas deverá ser encaixada naturalmente para buscar uma cadeira no Senado. Essa é a minha visão de hoje.

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