Homem no corredor da morte que escolheu método de execução exaustivo, não utilizado há 15 anos, faz apelo de última hora

Homem no corredor da morte que escolheu método de execução exaustivo, não utilizado há 15 anos, faz apelo de última hora

Brad Sigmon, um homem de 67 anos condenado à morte no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, está no centro de uma controvérsia judicial enquanto seu dia de execução se aproxima. Programada para 7 de março, a execução chamou atenção por um detalhe incomum: Sigmon escolheu o pelotão de fuzilamento como método de execução, uma opção rara no país. Se confirmada, será a primeira vez que esse método é utilizado nos EUA desde 2010.

A história remonta a mais de duas décadas. Em 2001, Sigmon foi condenado pelo assassinato dos pais de sua ex-namorada, William David e Gladys Larke. O crime ocorreu uma semana após o término do relacionamento. Sigmon invadiu a casa do casal e os espancou até a morte com um taco de beisebol. Além de dois mandados de prisão perpétua pelo duplo homicídio, ele recebeu uma sentença adicional de 30 anos por arrombamento. Na época, o júri rejeitou a proposta da defesa de mantê-lo preso pelo resto da vida e optou pela pena de morte.

Sigmon está programado para ser executado em 7 de março (Departamento de Correções da Carolina do Sul).

Sigmon está programado para ser executado em 7 de março (Departamento de Correções da Carolina do Sul).

Agora, às vésperas da execução, o caso ganhou novos contornos. Na Carolina do Sul, condenados à morte podem escolher entre três métodos: injeção letal, cadeira elétrica ou pelotão de fuzilamento. Sigmon optou pelo último, mas sua defesa alega que a decisão foi baseada em informações incompletas. Seu advogado, Gerald “Bo” King, entrou com um pedido para adiar a execução, argumentando que o estado não forneceu dados essenciais sobre os fármacos usados na injeção letal.

De acordo com documentos judiciais citados pelo Las Vegas Sun, Sigmon acreditava que a injeção letal poderia causar uma morte “prolongada e torturante”, como teria ocorrido em execuções recentes no estado. O temor vem dos casos de Marion Bowman e Richard Moore, executados em 2021 e 2022, respectivamente. Ambos receberam 10 gramas de pentobarbital — dose duas vezes maior que a utilizada em outros estados — e levaram mais de 20 minutos para morrer. No caso de Moore, o autopsia revelou que a droga foi administrada em duas doses, com intervalo de 11 minutos.

A defesa de Sigmon afirma que, sem acesso a detalhes sobre a procedência, validade ou concentração dos fármacos, ele foi “forçado” a escolher o pelotão de fuzilamento. “Brad Sigmon pediu repetidamente as informações básicas para determinar se as drogas estão vencidas, diluídas ou estragadas”, escreveu King em uma carta divulgada em 26 de fevereiro. A legislação local, porém, permite que o estado mantenha em sigilo dados como dosagens, fornecedores da droga e até os nomes dos funcionários envolvidos nas execuções.

Enquanto isso, autoridades estaduais defendem que os procedimentos são humanitários. Nos casos de Bowman e Moore, relatórios oficiais indicam que ambos não apresentaram sinais de consciência ou respiração após cerca de um minuto da injeção, apesar do tempo prolongado até a morte.

O apelo da defesa de Sigmon agora depende da análise judicial. Se negado, ele se tornará o primeiro executado por pelotão de fuzilamento em 14 anos nos EUA. Enquanto o debate sobre transparência e métodos de execução ganha força, o caso reacende discussões éticas e legais em torno da pena de morte — um tema que continua a dividir opiniões no país.

Esse Homem no corredor da morte que escolheu método de execução exaustivo, não utilizado há 15 anos, faz apelo de última hora foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.