Pescadores enfrentam dificuldades enquanto aguardam liberação do seguro-defeso


O problema, segundo Alberto Costa, diretor de Relações Públicas da Z-20 , está no próprio sistema do INSS, que realiza a análise dos documentos. Associados à Colônia de Pescadores Z-20 ficaram sem receber o seguro-defeso
Reprodução/TV Tapajós
Em Santarém, oeste do Pará, o período do defeso está prestes a se encerrar, mas os pescadores da Colônia de Pescadores Z-20 ainda enfrentam dificuldades devido a atrasos na liberação do seguro-defeso. Segundo Alberto Costa, diretor de Relações Públicas da entidade, este foi um dos anos mais difíceis para quem vive da pesca, com mais de mil pescadores ainda sem receber nenhuma parcela do benefício.
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“Infelizmente, esse ano foi o mais difícil para os nossos pescadores no período do defeso. O defeso se encerra no dia 15 de março, e temos mais de mil pescadores sem receber nenhuma parcela do seguro”, explicou Alberto.
O problema, segundo ele, está no próprio sistema do INSS, que realiza a análise dos documentos. “Aqui em Santarém, não há análise desses documentos, e ficamos esperando. Isso tem gerado muita preocupação, pois esses pescadores respeitam o defeso e, sem esse recurso, passam por grandes dificuldades”, completou.
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Fabricio Damasceno / TV Tapajós
A situação se agrava pelo fato de que os pescadores já vinham de um período de seca severa, tornando ainda mais difícil a subsistência das comunidades ribeirinhas que dependem da pesca. Com o término do defeso e a cheia dos rios, há uma expectativa de melhora.
“A nossa alegria é que a água está bastante cheia, e a partir do dia 15 os pescadores vão poder voltar a pescar as espécies liberadas. Em algumas regiões, já há uma boa quantidade de peixe, o que pode ajudar a suprir a necessidade das famílias até que o pagamento do seguro seja finalmente liberado”, afirmou Alberto.
No entanto, algumas espécies ainda precisam de mais tempo para se recuperar antes de serem liberadas para a pesca.
“O pirarucu, o tambaqui e o acari ainda não serão liberados nesse primeiro momento, pois demandam mais tempo para recuperação”, explicou.
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Divulgação
Outro ponto de preocupação para os pescadores é a situação dos estoques pesqueiros. A seca severa do ano passado impactou diversas áreas, e, segundo Alberto, algumas espécies já apresentaram redução na entrada da cheia.
“Como entidade representativa dos pescadores, percebemos que, em alguns lugares, muitas espécies morreram, o que já gerou um impacto na entrada da cheia”, alertou.
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