Contratação de coleta de resíduos em Pomerode foi intencionalmente superfaturada, afirma PCSC

Nova fase da Operação Hereditarium cumpre mandados em Pomerode e Joinville

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) cumpriu nesta quinta-feira (13) seis novos mandados de busca domiciliar na segunda fase da Operação Hereditarim, que investiga o possível direcionamento ilegal de contratos emergenciais de empresas de coleta de resíduos de uma mesma família, além de superfaturamento na contratação do serviço pela Prefeitura de Pomerode, no Vale do Itajaí.

As buscas ocorreram em Pomerode e também em Joinville, no Litoral Norte Catarinense. Os alvos foram novos investigados que contribuíram para o sucesso da contratação emergencial ilegal. De acordo com a PCSC, o objetivo dessa nova fase é obter novos elementos que possam revelar novos envolvidos no esquema.

Ainda de acordo com a investigação os orçamentos para a contratação da nova empresa foram “intencionalmente mais onerosos que aquele oferecido pela empresa atualmente contratada”, além da SAMAE ter adequado os requisitos de capacidade técnica para direcionar o contrato emergencial.

Esta deve ser a última fase da investigação, que será encaminhada ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para análise do indiciamento. As últimas etapas antes disso serão as analises das informações coletadas e a tomada de depoimentos e interrogatórios.

Operação Hereditarium

A primeira fase da Operação Hereditarium foi deflagrada em julho de 2024, após a Polícia Civil apurar que o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) de Pomerode deixou de renovar o contrato com a empresa então responsável pela coleta de resíduos orgânicos o município, contratada via licitação.

De acordo com a PCSC, a SAMAE teria se aproveitado da insatisfação pública com o serviço para realizar a contratação emergencial de uma nova empresa, dessa vez com o custo de serviço 70% mais alto do que o anterior. Acontece que as duas empresas pertencem à mesma família.

Na oportunidade, a Prefeitura de Pomerode afirmou ao TVBV Online que o SAMAE é uma autarquia com administração independente, e que o então Prefeito Ércio Kriek determinou o afastamento imediato do servidor de um servidor envolvido, além da a instauração de uma sindicância para apurar os fatos. “Se identificadas e comprovadas irregularidades, serão tomadas as providências cabíveis. O Município de Pomerode ressalta que se coloca à disposição para colaborar nas investigações”, concluiu a nota.

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