Caso Romano: MP-RR pede punição de 8 réus por sequestro e tortura de jornalista de Roraima

MP-RR exige punição para os envolvidos no Caso Romano, jornalista de Roraima que foi sequestrado e torturado.

O Ministério Público de Roraima (MP- RR) pediu, na última quinta-feira (13), a condenação de oito réus pelo sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos. O crime ocorreu em outubro de 2020.

Ao todo, dez pessoas se tornaram rés no caso. No entanto, o MP solicitou a absolvição do soldado da Polícia Militar Thiago de Oliveira Cavalcante Teles, alegando falta de provas contra ele.

Também pediu a exclusão do processo do tenente-coronel Paulo Cezar de Lima Gomes, que morreu em junho de 2023.

Quem são os acusados do Caso Romano?

De acordo com o MP-RR, os réus são policiais militares que atuavam na segurança do ex-deputado e um ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR). O órgão pede a condenação de:

  • Jalser Renier: apontado como mandante do crime, era presidente da Ale-RR à época;
  • Natanael Felipe de Oliveira Junior: coronel da PM e ex-chefe da Casa Militar da Assembleia;
  • Moisés Granjeiro de Carvalho: coronel da PM e ex-servidor da Assembleia;
  • Vilson Carlos Pereira Araújo: major da PM e já atuou como segurança particular;
  • Nadson José Carvalho Nunes: subtenente da PM e ex-servidor da Assembleia;
  • Clovis Romero Magalhães Souza: subtenente da PM;
  • Gregory Thomaz Brashe Junior: sargento da PM, convidado por Jalser para estruturar a segurança da Assembleia;
  • Luciano Benedito Valério: ex-servidor da Ale-RR, lotado na Seção de Inteligência e Segurança Orgânica (Siso).

Além disso, os crimes atribuídos aos réus incluem:

  • Tortura qualificada e majorada;
  • Cárcere privado qualificado e agravado;
  • Dano qualificado e agravado;
  • Formação de milícia privada.

Jornalista foi encontrado em área rural de Roraima

O crime aconteceu na noite do dia 26 de outubro de 2020. Romano foi levado de casa no próprio carro, que cerca de uma hora depois, foi encontrado queimado.

Os sequestradores torturaram e abandonaram o jornalista em uma área rural de Roraima. As investigações apontam que Jalser Reinier usou sua posição de poder para ordenar o crime, com apoio de policiais militares

Assim, a denúncia resultou em sua cassação por quebra de decoro parlamentar, encerrando uma trajetória de 27 anos na política.

O ex-deputado chegou a ser preso e algemado, mas obteve liberdade posteriormente. Agora, ele cobra R$ 500 mil do Estado, alegando danos morais pelo uso de algemas no momento da prisão.

Ademais, durante as investigações, foram realizadas duas fases da Operação Pulitzer, cujo nome faz referência ao prêmio internacional concedido a profissionais do jornalismo.

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