Dança das cadeiras no Amazonas: Saullo Vianna, Fausto Júnior e Pauderney Avelino na mira de novas siglas após a possibilidade de deixarem o União Brasil

Movimentações políticas antecipam mudanças estratégicas antes das eleições de 2026.

Hoje, o assunto é a dança das cadeiras partidárias no Amazonas. Embora ainda estejamos no ano pré-eleitoral, as movimentações políticas já começaram nos bastidores, com mudanças esperadas na janela partidária do ano que vem.

Alguns nomes de peso da política amazonense já buscam um novo abrigo para viabilizar seus projetos eleitorais. Um dos casos mais emblemáticos é o do União Brasil. Além da saída de Saullo Vianna, que já confirmou que não disputará a próxima eleição por sua atual sigla, há um claro conflito de interesses dentro do partido.

A relação entre ele, o governador Wilson Lima se deteriorou, culminando em um racha político que se evidenciou nas eleições passadas. Hoje, Saullo está alinhado ao grupo liderado pelo prefeito David Almeida, pelo senador Omar Aziz e pelo também senador Eduardo Braga.

O destino partidário de Saullo ainda é incerto, mas as especulações apontam para três caminhos: Avante, PSD ou MDB. Há quem diga que Saullo pode seguir para o Avante, mas fontes indicam que sua aproximação com Eduardo Braga e Omar Aziz sugere um rumo mais ao centro. O MDB, por exemplo, pode fortalecer sua chapa para a Câmara dos Deputados com o ingresso de Saullo, que, caso dispute a reeleição como deputado federal, se somaria a Jesus Alves, consolidando duas vagas fortes para o partido na bancada amazonense.

Por outro lado, o PSD já conta com Sidney Leite e Átila Lins, e trabalha para viabilizar até três vagas na próxima eleição. A confirmação dessas movimentações, no entanto, deve ocorrer apenas na reta final da janela partidária, consolidando o quadro eleitoral de 2026.

Outro nome que pode deixar o União Brasil é o deputado federal Fausto Júnior. Nos bastidores, circula a informação de que Fausto pode estar de saída, apesar de sua forte ligação com o governador Wilson Lima. Uma estratégia para mantê-lo no partido seria sua nomeação para um cargo no governo estadual.

Fausto já foi secretário de Estado e chegou a comandar uma pasta hoje sob gestão de Marcellus Campêlo. A ideia seria realocá-lo no executivo estadual para garantir sua permanência na base governista. Contudo, Fausto também enfrenta dilemas estratégicos.

Sua base eleitoral tem forte inclinação bolsonarista, o que dificultaria uma aliança com Omar Aziz, com quem já teve embates políticos. No entanto, como sabemos, no jogo político, conveniências podem superar diferenças. Se decidir mudar de partido, Fausto pode buscar uma legenda mais alinhada à direita, para se aproximar do eleitorado conservador.

Quem também pode estar de saída definitiva do União Brasil é Pauderney Avelino. O ex-deputado, que já foi um dos grandes caciques da sigla no Amazonas, tem demonstrado insatisfação com o papel de suplente imediato. Pauderney voltou à Câmara dos Deputados após a licença de Saullo Vianna, mas já sinalizou que deseja disputar uma vaga com candidatura própria e não mais como substituto eventual. Nos bastidores, ele tem articulado sua migração para uma legenda que lhe ofereça melhores condições para um retorno definitivo a Brasília.

Experiente e bem relacionado na capital federal, Pauderney quer evitar repetir os insucessos das últimas eleições e busca um partido que lhe garanta protagonismo na chapa proporcional. Essa dança das cadeiras é apenas o começo de um rearranjo partidário que deve se intensificar ao longo dos próximos meses.

Enquanto os palanques majoritários começam a se desenhar, os candidatos a cargos proporcionais também correm para garantir suas posições. Afinal, em política, quem deixa para decidir em cima da hora pode acabar ficando sem espaço.

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