Universitário e namorado são investigados por lucrar com atestados médicos falsificados em Boa Vista

Universitário é preso por falsificar e vender atestados falsos em Boa Vista.

Um universitário, de 32 anos, e o namorado, de 44 anos, foram presos na última terça-feira (18) por falsificar e vender atestados médicos em Boa Vista. O casal faturava cerca de R$ 3 mil reais mensais com a comercialização dos documentos adulterados.

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Roraima (PC-RR), Guilherme Peres, o namorado de 44 anos é técnico em análises clínicas, e já estava sendo investigado desde dezembro de 2024.

Em Manaus, um caso de uma quadrilha que falsificava atestados médicos e de óbito foi investigada em março de 2024. O grupo vendia os documentos por volta de R$ 300 reais.

Investigação levou ao casal

Na época, a investigação iniciou após uma empresária denunciar uma funcionária que apresentou um atestado médico adulterado.

Assim, ao entrar em contato com o médico que supostamente assinou o documento, os policiais confirmaram que se tratava de uma falsificação.

“A partir dessa denúncia, iniciamos a investigação e identificamos um esquema de falsificação e venda de atestados médicos em larga escala”, afirmou o delegado.

Ademais, a PC-RR realizou um mandado de busca na casa do técnico, onde encontraram um grande volume de materiais para a falsificação. Na residência, a equipe encontrou:

  • Sete carimbos falsificados de diferentes médicos
  • 50 atestados médicos preenchidos com assinaturas e carimbos falsos
  • 200 atestados médicos em branco

O casal vendia os documentos pelo valor médio de R$ 60,00 reais.

Universitário entrega o namorado

No interrogatório, o universitário confessou que, com o namorado, vendia 50 atestados falsos por mês. Além disso, a dupla cobrava valores diferenciados de acordo com a urgência e os dias da semana.

Os preços mais altos eram nos períodos próximos a feriados e finais de semana.

“Eles vendiam cada atestado médico pelo valor médio de R$ 60,00. O esquema causava prejuízos para empresas, para o sistema de saúde e comprometia a credibilidade da classe médica, cujos nomes e carimbos eram utilizados sem autorização”, destacou o delegado.

Investigação irá atrás de nomes nos documentos

As investigações da PC-RR continuam e os policiais possuem 50 nomes que serão investigados.

“Como falsificadores, já identificamos duas pessoas, sendo que uma foi presa em flagrante. Temos o nome de 50 pessoas que estão sendo investigadas, cujos nomes estavam nos atestados médicos falsificados. As investigações vão apontar a responsabilidade de cada um. Em interrogatório, o investigado disse que há aproximadamente quatro anos eles atuam nesse esquema. As investigações vão esclarecer todos esses detalhes”, finalizou o delegado.

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