Brasileiro pesquisou como fazer bombas e falava com terroristas

Material apreendido na residência do suspeito, que também está preso preventivamentereprodução/pf

A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Sul concluiu as investigações da Operação Mujahidin, que investigava o planejamento de ações terroristas no Brasil.

Um homem, que reside em Porto Alegre, foi indiciado pela PF por planejamento e promoção do terrorismo.

De acordo com informações da Polícia Federal ao Portal iG, ele está preso preventivamente desde 16 de outubro do ano passado, quando a operação foi deflagrada, em conjunto com a Brigada Militar (BM/RS) e Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A investigação teve início após a identificação de um perfil em rede social que fazia publicações promovendo grupos e líderes ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, ostentando bandeiras de símbolos ligados ao terrorismo internacional.

Além disso, foram encontradas postagens claramente preconceituosas, incitando ódio religioso, com foco principal na comunidade judaica.

Segundo o inquérito, cujo relatório final foi enviado à Justiça Federal, o homem pesquisou sobre realização de atentados e fabricação de explosivos e sobre vestimentas e equipamentos apropriados para a execução de atos terroristas.

Foi constatado ainda que ele mantinha contato com extremistas no exterior e demonstrava interesse em se unir a grupos terroristas.

Material apreendido

Durante a deflagração da Operação Mujahidin, foi encontrada na residência do investigado grande quantidade de facas, machadinhas, simulacros de arma de fogo, armas de pressão, armas de airsoft, soqueiras, bastões, porretes, colete balístico, munições, material incendiário e gás de pimenta.

Ele também possuía diversas bandeiras, camisetas, flâmulas, vídeos, livros e revistas associados a grupos terroristas. Ainda foram encontrados livros, vídeos, imagens e publicações que pregam a supremacia da raça branca, promovem o nazismo e incitam o extermínio do povo judeu.

Ainda de acordo com informado pela PF ao Portal iG, o indiciado, caso condenado pela Justiça, poderá responder a crimes de promoção do terrorismo, atos preparatórios para o terrorismo e racismo que, se somadas e aplicadas as penas máximas, podem atingir mais de 20 anos de prisão.

O nome da Operação Mujahidin refere-se aos combatentes armados que se inspiram no fundamentalismo islâmico, dispostos ao sacrifício da própria vida em nome da religião. 

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