Família descobre, após morte de menino, que ele não tinha um órgão importante

Pais descobrem, após menino morrer, que ele não tinha órgão importante

Riley MacDonald, um adolescente de 13 anos de Toton, em Nottinghamshire, Inglaterra, acordou cheio de energia na manhã de 9 de outubro para ir à escola. Horas depois, ele daria seu último suspiro em um leito hospitalar, vítima de uma pneumonia que evoluiu para choque séptico e parada cardíaca. A causa por trás da velocidade assustadora da infecção só foi descoberta meses depois, quando o laudo do legista revelou uma ausência crucial: Riley não tinha baço, órgão vital para o combate a infecções.

A mãe do jovem, Sally Martin, de 42 anos, descreve o filho como uma criança saudável, cheia de vida, apaixonada por futebol e kickboxing. Naquele dia, porém, algo estava errado. Riley acordou normalmente, mas vomitou a caminho da escola. “Mandei ele descansar. Ele dormiu quase o dia todo, com sintomas parecidos com os de uma gripe”, conta Sally. A situação piorou rapidamente: o garoto estava pálido, com manchas na pele e extremamente frio ao toque. Sally reconheceu os sinais de sepse e decidiu levá-lo ao pronto-socorro. No carro, Riley desmaiou e parou de respirar.

A equipe médica e o helicóptero de resgate chegaram rapidamente, mas os esforços para salvá-lo foram em vão. “Tudo aconteceu de repente. Ele acordou bem e, à noite, já não estava mais aqui”, relata a mãe. A família só descobriu a ausência do baço de Riley em 24 de dezembro, quando o relatório do legista chegou. Sally questiona por que o órgão não é verificado durante os exames pré-natais de rotina.

O baço é responsável por filtrar o sangue, remover células danificadas e produzir anticorpos contra bactérias. Pessoas que nascem sem o órgão ou o perdem devido a traumas podem viver normalmente, mas precisam de acompanhamento médico contínuo. Segundo o sistema público de saúde do Reino Unido (NHS), essas pessoas recebem vacinas regulares e antibióticos preventivos para reduzir o risco de infecções graves. Se a condição de Riley tivesse sido identificada, ele teria acesso a tratamentos que poderiam tê-lo protegido.

“Se soubéssemos, ele estaria tomando antibióticos e recebendo vacinas anuais contra pneumonia”, afirma Sally. “É um órgão importante. Mesmo sendo raro, deveria ser verificado. Cinco minutos a mais no ultrassom poderiam salvar vidas.”

Atualmente, as diretrizes nacionais do Reino Unido não incluem a checagem do baço no exame de ultrassom morfológico, realizado por volta da 20ª semana de gestação. Médicos do Nottingham University Hospitals explicaram, em relatório enviado ao legista, que o órgão não faz parte da lista de estruturas avaliadas nesse estágio. A especialista em ultrassom Catherine Sampson reforçou: “O baço não é parte do protocolo de triagem recomendado. Nossos técnicos não são treinados para identificá-lo, pois está fora do escopo de nossa prática”.

A tragédia deixou a família de Riley em um luto profundo. O garoto, descrito como divertido, inteligente e extrovertido, era o irmão mais velho de três crianças. Seu irmão mais novo enfrenta ansiedade severa, insônia e chora todas as noites. “Nosso mundo desmoronou. É como viver no inferno, dia após dia”, desabafa Sally.

A história de Riley levanta questões sobre a necessidade de atualizar os protocolos de exames pré-natais. Enquanto órgãos como coração, cérebro e rins são analisados minuciosamente, o baço permanece fora do radar, mesmo sendo peça-chave no sistema imunológico. A família espera que, ao compartilhar sua experiência, outras crianças em situações similares possam ser diagnosticadas a tempo.

Para entender a gravidade da ausência do baço, é importante destacar seu papel na defesa do corpo. Quando uma infecção bacteriana surge, como a pneumonia que atingiu Riley, o órgão age como um filtro, identificando e neutralizando agentes invasores. Sem ele, o sistema imunológico fica vulnerável, permitindo que infecções se espalhem rapidamente. Pacientes sem baço são orientados a buscar atendimento médico imediato ao primeiro sinal de doença, além de manterem um cartão de alerta médico para situações de emergência.

Sally Martin transformou sua dor em um apelo por conscientização. “As pessoas ficam chocadas ao saber que não há verificação. Isso pode ser prevenido”, insiste. Ela acredita que a adição dessa simples etapa nos exames de rotina evitaria tragédias como a de sua família. Enquanto isso, Riley segue lembrado por sua energia contagiante, sua personalidade carismática e o legado de uma luta por mudanças que podem salvar vidas no futuro.

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