Entenda a discussão sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas

A exploração de petróleo na Margem Equatorial, na bacia da Foz do Amazonas, está sendo o centro de discussões envolvendo o governo federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Desde 2023, a Petrobras busca a licença ambiental para perfuração, mas teve o pedido negado pelo Ibama devido à necessidade de mais estudos sobre impactos ambientais e indígenas.

Em outubro de 2024, o órgão solicitou novos esclarecimentos à estatal, que apresentou um Plano de Proteção à Fauna (PPAF) visando minimizar danos em caso de vazamento de óleo. Apesar de avanços, o Ibama exige ajustes, como a presença de veterinários e maior estrutura de resgate.

E recentemente, o Ibama autorizou a Petrobras a realizar a limpeza da sonda que poderá ser utilizada na perfuração na Margem Equatorial. No entanto, o órgão destacou que estudos e reuniões ainda acontecerão sobre o assunto.

Declarações recentes do presidente Lula (PT) defenderam a atividade da Petrobrás na região.

Exploração de petróleo

A Petrobras defende o potencial econômico da Margem Equatorial, destacando investimentos de US$ 3 bilhões até 2029 para a perfuração de 15 poços. A empresa reforça que a região desperta interesse global e pretende usar tecnologia avançada na exploração para garantir segurança e sustentabilidade.

A polêmica se intensificou após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticar a demora do Ibama na decisão. Ele cobrou um posicionamento do presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, e afirmou que há receio em anunciar a resposta oficial.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou que discutirá o tema com Silveira após a viagem de Lula ao Japão e Vietnã.

Foz do Amazonas

A Petrobras afirma que a região tem um potencial petrolífero relevante, especialmente considerando as descobertas recentes em áreas próximas, como Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

Por fim, a Bacia da Foz do Amazonas está situada no extremo noroeste da margem equatorial brasileira, fazendo fronteira a Guiana Francesa. Abrangendo o litoral do Amapá e parte do Pará.

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