URGENTE – STJD põe ordem na bagunça dos clubes e Parazão volta com multas e lições

O Campeonato Paraense de 2025, o Parazão, finalmente saiu do limbo em que foi jogado por uma trapalhada de clubes que, com uma mistura de descuido e desleixo, paralisaram a competição por 2 semanas. Nesta sexta-feira, 2, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em julgamento no Rio de Janeiro, deu um basta no caos: aplicou multas a Remo, Tuna Luso, Capitão Poço e Bragantino por inscreverem jogadores amadores de forma irregular e mandou a bola rolar de novo, com a retomada imediata das quartas de final.

O desfecho, que salva a competição de um colapso total, deixa um gosto amargo: a paralisação foi uma lambança evitável que bagunçou o calendário nacional da CBF e expôs a fragilidade de quem deveria zelar pelo futebol paraense.

Tudo começou com a irresponsabilidade de quatro clubes – Remo, Tuna, Capitão Poço e Bragantino – que escalaram atletas sem contrato profissional, burlando o regulamento do torneio. A denúncia, feita por Caeté e Independente, clubes rebaixados que tentaram se agarrar a um fio de esperança, levou o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) a punir os infratores com perda de pontos, jogando o Parazão num limbo jurídico.

O resultado? Um campeonato suspenso desde o dia 7 de março, prejuízos financeiros para as equipes, atrasos no planejamento e um calendário nacional da CBF que virou uma colcha de retalhos. Sete clubes – Santa Rosa, Águia de Marabá, Bragantino, Remo, Castanhal, Paysandu e Cametá – cansados da morosidade, pediram ao STJD que avocasse os processos e resolvesse a novela de uma vez por todas.

Multas e duro recado

E o STJD resolveu. Em vez de manter a perda de pontos, que alteraria toda a classificação, o tribunal optou por multas: R$ 30 mil para Remo e Capitão Poço, R$ 10 mil para a Tuna e R$ 5 mil para o Bragantino, valores definidos pelo número de jogos com irregularidades – com um “bônus” ao Remo por sua condição financeira mais robusta.

A decisão, além de prática, é um recado: os pontos ficam, mas o bolso sente. Com isso, a tabela da primeira fase permanece intacta: Independente de Tucuruí e Caeté seguem rebaixados, e as quartas de final estão confirmadas: Remo x Santa Rosa, Paysandu x Capitão Poço, Bragantino x Águia de Marabá e Castanhal x Tuna Luso. O Parazão volta já na próxima quarta e quinta-feira, mas a Federação Paraense de Futebol (FPF) ainda deve a torcida à divulgação de horários e locais.

A paralisação, porém, não sai de graça. Foram semanas de um torneio estacionado, com clubes acumulando despesas sem receita, jogadores parados e torcedores frustrados. Pior: o atraso comprometeu o prazo estipulado pela CBF para os estaduais, que deveriam acabar até 26 de março, forçando uma corrida contra o tempo que pode espremer ainda mais o calendário nacional.

É inadmissível que um campeonato tradicional como o Parazão seja refém de erros amadores – ironicamente, como os contratos dos jogadores em questão. A FPF, que demorou a agir, e os clubes, que pisaram na bola, têm muito a aprender com esse fiasco.

O STJD até salvou o dia, mas o prejuízo ao futebol paraense já está feito. Que as multas sirvam de lição, porque o torcedor merece mais respeito.

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