DeepSeek reduziu distância tecnológica entre China e EUA

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, faz parte de uma disputa pela hegemonia global. Não é por acaso que os Estados Unidos e outros países aliados veem a plataforma como um risco à segurança nacional.

Além de rivalizar com o ChatGPT, da OpenAI, a IA chinesa pode ser capaz de impulsionar a indústria doméstica do país asiático. Ao mesmo tempo, ela pode ter reduzido a distância tecnológica entre Chine e EUA.

Desenvolvimento da tecnologia impulsionou avanços chineses

Para o presidente-executivo da startup chinesa 01.AI, Lee Kai-fu, o DeepSeek provocou uma verdadeira revolução. Ex-chefe do Google China, ele disse à Reuters que o chatbot revelou avanços chineses importantes em áreas como engenharia de software de infraestrutura.

Logo do DeepSeek em um smartphone; ao fundo, parte da bandeira da China desfocada
DeepSeek revelou avanços tecnológicos importantes da China (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Lee explica que a tecnologia reduziu a lacuna de desenvolvimento de IA para apenas três meses em algumas áreas. Isso acontece porque empresas como a DeepSeek descobriram como usar chips e aplicar algoritmos com maior eficiência, reduzindo os impactos causados pelas sanções norte-americanas.

Segundo ele, anteriormente, a distância entre os países estava em torno de seis a nove meses. Mas agora, além de ter reduzido esta desvantagem, a China pode ter superado os EUA em algumas áreas específicas, o que torna o desenvolvimento do DeepSeek tão importante.

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Tela inicial do DeepSeek em um smartphone
Lançamento da IA chinesa foi o grande acontecimento tecnológico de 2025 (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça para os rivais

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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